Cerca de 7.000 km2 foram desmatados, sendo que os estados do Pará e do Maranhão se destacaram mais. O Mato Grosso e Rondônia diminuíram consideravelmente.
O presidente Lula, o ministro Minc, do Meio Ambiente e a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do governo a presidente, estão tentando demonstrar ao público nacional e internacional que este foi um feito "extraordinário", como costuma se expressar o presidente Lula nesses momentos.
Sem dúvida, foi uma queda substantiva e vale ser comemorada. De quem é o mérito desse feito é outra história. É curioso que o desmatamento de modo geral tenha caído tanto, coincidentemente, depois da saída da ministra Marina Silva do MMA. Por que? Alguma correlação entre sua política, as atitudes de seus auxiliares, versus a política do ministro Minc e as atitudes de seu grupo?
Será que essa queda se deve a uma diminuição da expansão agropastoril? Dá para se saber isso agora ou em pouco tempo? O presidente Lula levará esses dados como um trunfo para a reunião de Copenhague? A ministra-candidata vai destronar o ambientalismo representado pela ex-ministra Marina?
Apesar dos números pequenos em comparação com anos anteriores, há que se preocupar com o fato de o Maranhão, que tem tão poucas terras de floresta, tenha perdido quase 1.000 km2 de florestas. As últimas que restam a esse estado, dois terços do qual é formado por cerrados e caatingas, estão na sua parte oeste, precisamente onde vivem os índios Guajá e Urubu-Kaapor. Só espero que os desmatadores não tenham feito estragos naquelas terras indígenas.
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Amazônia tem menor desmatamento desde 1988, Inpe registrou 7 mil km² de devastação |
Brasília - Entre agosto de 2008 e julho de 2009, a Amazônia perdeu 7 mil quilômetros quadrados (km²) de floresta. É a menor taxa anual de desmate já registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do levantamento em 1988. O número, que superou as expectativas do governo – que previa 9 mil km² – foi divulgado hoje (12) pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara. “É uma queda substancial. De longe a menor [taxa] desde que o Inpe começou a observação”, afirmou durante apresentação dos dados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e governadores de estados da Amazônia. A taxa é calculada pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que utiliza satélites para observação das áreas que sofreram desmatamento total, o chamando corte raso. O menor índice registrado até agora era o de 1991, quando os satélites identificaram 11,03 km². Em relação ao período anterior (agosto de 2007 a julho de 2008), quando o desmatamento atingiu 12,9 km², a queda foi de 45%. “É um momento de muita alegria constatar que o esforço da sociedade brasileira de conter o desmatamento da Amazônia chegou a um nível muito satisfatório”, afirmou Câmara. O Inpe registrou queda em quase todos os estados da Amazônia. Em Mato Grosso e no Pará, tradicionalmente líderes dos rankings de desmatamento mensais, a queda foi de 65% e 35%, respectivamente. Em Rondônia, a queda foi de 55%. Apesar da redução, o Pará foi o estado que mais desmatou no período, com 3.680 km², seguido por Mato Grosso, com 1.047 km² , e pelo Maranhão, com 980 km² a menos de florestas. De acordo com o Inpe, a margem de erro da estimativa anual de desmatamento é de 10%, ou seja, pode resultar em uma variação de 700 km² para ou mais ou para menos quando os dados forem consolidados. |
2 comentários:
Será que essa informação é verdadeira?
Quais foram os dados/fontes apresentados e sua correlação:
1)mata restante e o desmatamento atual ?
Ou será que esses dados estão sendo repassados para favorecer o falso discurso de atitudes tomadas em relação à Amazônia para a conferência na Dinamarca ?
O desmatamento continua. O modo de exploração e produção continua o mesmo na Amazônia e no Cerrado também.
Na região de São José do Xingu o desmatamento diminuiu sim por alto entra 50 a 80%! Falo isso como filho de agropecuarista diretamente envolvido nessa questão. A fiscalização quando realizada de maneira correta funciona!
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