Hoje, às 4:30 da madrugada, o Acampamento Revolucionário Indígena foi atacado por um aparato policial abusivo: carros do BOPE, ROTAM, três ônibus e cinco viaturas da Polícia Militar, Exército, cachorros treinados para atacar, funcionários do GDF, ambulância, um trator, homens munidos de moto-serras. Todo esse aparato repressivo para retirar cerca de 100 indígenas, entre eles 80 Guajajaras, Krahô-Canela, Mundurucu, Pankararu, Korubo, Fulni-ô, que estão acampados na frente do Congresso Nacional desde 12 de janeiro para protestar, de forma legítima e pacífica, contra o Decreto 7.056/09.
Os indígenas relatam que o comandante da Polícia Militar, identificado com o nome de Fábio, tinha a ordem de levá-los para outro lugar, como a Casa do Índio – fechada há seis anos e inoperante hoje em dia; ou para a Funai – onde só possui a garagem para abrigá-los, junto a lixo e ratos. Relatam também que o comandante da operação comunicava-se o tempo todo no celular com o presidente da Funai Márcio Meira.
Foi uma operação ilegal e opressora, sem mandato judicial e na calada da noite, no momento em que não havia imprensa na área nem os apoiadores do Acampamento.
Houve muita confusão, discussão. Há crianças e mulheres indígenas acampadas e todos ficaram apreensivos e temerosos de serem presos e/ou espancados pela polícia. Porém, os indígenas resistiram à pressão, sentados pacificamente no gramado da Esplanada e, ao amanhecer, foram contactados a imprensa (Globo e Record) e apoiadores (políticos e voluntários) da causa indígena. As 8:00 da manhã a imprensa e os apoiadores chegaram ao Acampamento e o aparato policial se retirou.
A RESISTÊNCIA CONTINUA. SÓ SAÍMOS DO ACAMPAMENTO REVOLUCIONÁRIO INDÍGENA MORTOS! FORA O DITADOR DA FUNAI, MÁRCIO MEIRA! CONTRA O DECRETO 7.056/09! CONVIDAMOS TODOS E TODAS A APOIAR A CAUSA INDÍGENA! CONVIDAMOS TODOS E TODAS PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA, QUARTA-FEIRA, DIA 28 DE ABRIL, ÀS 14:30 NA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
acampamentoindigena@gmailPublicado conforme recebido
10 comentários:
Não se trata de uma revolução, mas sim de De um povo heróico o brado retumbante.
A paixão de alguém pela profissão que exerce é uma das coisas bonitas de se ver, apaixonados, consciente da realidade. “A América Latina só terá uma oportunidade de sair da maré do atraso se abandonar a retórica obsoleta de seus líderes retrógrados”, apresenta a idéia e o desejo de mudança social, não apenas para o Brasil, mas também para seus vizinhos das fronteiras."Para ter uma oportunidade de desenvolvimento, precisaríamos, através da democracia, mudar as políticas de governo vigentes".
este hino é para fortalecer vcs, verdadeiros herois.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante♫♪?
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
lutem sabiamente, chamem a imprensa, mostrem a verdade nua e crua de3ste governo tirano que esta instalado na funai, fora a todos, que estão as nossas custas em viagem para se capacitarem juntamente com toda a parentada instalada na funai, bem como o presidente em viajem pelo esterior. É a funai jogada a sorte apenas com servidores que não podem aparecer por represarias.
Meus amigos,
sou servidora da FUNAI há 24 anos e nunca, durante todo esse tempo vi tanta barbaridade, tanto absurdo, descaso, intolerância, para com nossos índios...
A sede de nossa instituição instalada em Brasília - está repleta de abutres, aves de rapina, grandes roedores com dentes enormes e famintos de poder e do dinheiro público. O dinheiro dos impostos pagos pelo contribuinte brasileiro: do trabalhador sacrificado, do bóia fria, do garí...
E cá, estamos nós, assistindo tudo - como se estivessemos numa sala de cinema, vendo um FILME DE TERROR!!!
Preciso também fazer uma observação: na sede em Brasília - há os servidores decentes, éticos, honestos, de boa índole, de alma nobre e sensível com o destino dos nossos índios e de nossa instituição. Estes, estão calados, silenciosos, omissos - para que não possam sofrer a perseguição, a represália, o abuso do poder... Tenho certeza que o sofrimento deles é compartilhado silenciosamente - com os índios e demais servidores de diversas regiões.
Sinto-me "pequena", impotente e às vezes, até incapaz - para lutar contra tantas injustiças...
Entretanto, apesar das adversidades - acredito unicamente no Poder Divino. Na COLHEITA. No RETORNO... Na DÍVIDA que pagaremos, mais cedo ou mais tarde, pelo nossos ATOS!
As verdadeiras misérias são as fraquezas morais. Riqueza espiritual ninguém TIRA. E tudo que é MATERIAL não é NOSSO!
Bom domingo para todos e que DEUS ajude nossos índios em sua luta incansável, persistente, justa, legal... A luta com talento, energia e coração!
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1578965-15605,00-INDIOS+DESABAFAM+SOBRE+CONSTRUCAO+DA+USINA+DE+BELO+MONTE.html
Índios desabafam sobre construção da Usina de Belo Monte
Onde fica Belo Monte? Quem vive lá? Entenda por que tem tanta gente brigando por esse pedaço de terra. Belo Monte fica no Pará, a 940 quilômetros de Belém, e há mais de 30 anos está no noticiário. Tudo por causa da intenção do governo de construir ali a terceira maior hidrelétrica do mundo. Esta semana, em meio a uma batalha judicial que ainda não acabou, o leilão para a construção da usina foi, enfim, realizado. A palavra é Belo Monte. “Belo Monte? Que eu conheça é um bar que tem ali”, diz um jovem. “É alguma coisa ligada à moda? Não?”, pergunta uma mulher. Passaram longe! Será que alguém sabe onde fica? “Não faço a menor ideia”, confessa um senhor. Poucas paisagens no mundo guardam tantas formas de vida. É justamente na Volta Grande do Xingu que será construída uma obra gigantesca. A barragem da usina de Belo Monte vai passar exatamente num trecho do rio com muitas ilhas mais montanhosas, o que vai ajudar no represamento das águas. Só que a energia só vai ser gerada a 50 quilômetros da barragem. FOTOS: Veja os bastidores das gravações na região do Belo Monte
água vai ser desviada por imensos canais, de 250 metros de largura. Eles vão alimentar um lago, inundando 516 quilômetros quadrados de terra. É de um reservatório que sairá a água para rodar as turbinas da terceira maior usina do mundo. Só que esse desvio das águas vai reduzir a vazão em cem quilômetros do rio, quase toda a Volta Grande do Xingu. Em época das chuvas, a água avança pra dentro da mata. chegamos à aldeia dos Araras da Volta Grande. No limite das fazendas, eles já sofreram miscigenação e falam português. Ainda estavam sob o impacto da notícia do leilão que decidiu o consórcio que vai construir a usina. É que os Araras vivem bem na curva da Volta Grande do Xingu, esse pedaço do rio que vai ter a vazão controlada. Depois de construída a represa, o Xingu não vai ter nem cheia, nem seca. Vai correr sempre no mesmo nível. O que os Araras temem é que o rio seque, a água fique quente demais e mate os peixes, que são a fonte da vida na aldeia. “Tem muitas crianças que vão ver quando chegar na idade deles, já vão encontrar o rio seco. Não vão mais encontrar do jeito que Deus deixou”, disse uma índia. O jovem cacique Joceney Arara, de 23 anos, sabe que dias difíceis virão. “A gente está preparado pra o que der e vier. A gente já fez vários movimentos pra chamar a atenção do governo. A gente não vai recuar, vai partir para cima para mostrar como é o nosso dia a dia na comunidade”.
Na aldeia, o diretor do filme “Avatar”, James Cameron, e a atriz Sigourney Weaver se reuniram com lideranças indígenas da região. Cameron se engajou na luta. Nos anos 1980, o cantor Sting e o cacique Raoni conseguiram impedir a construção com projeto que alagaria uma área três vezes maior. Na época, a pressão do exterior funcionou porque o Brasil precisava de dinheiro de fora para obra. Na cidade de Altamira, pelo menos quatro mil famílias que vivem nos igarapés devem ser transferidas, porque a água vai subir. “Sou contra, porque a barragem vem trazer muita destruição pra nós”, afirmou a dona de casa Francinete Kuruaia. Para quem não tem trabalho, a usina é esperança. “O único movimento que tinha aqui era madeireira. Agora fechou tudo, agora a gente ficou desempregado um tempão e nunca teve uma solução para nós”, alegou José Carlos Ferreira Os empresários de Altamira apóiam a obra, mas com condições. “Só interessa Belo Monte se resolver o ordenamento fundiário, a Transamazônica, eletrificação rural. São os três maiores gargalos que nós temos”, avaliou Vilmar Soares, do movimento Fort Xingu. A obra vai atrair 80 mil pessoas. Com asfalto na Transamazônica, deve aumentar o desmatamento na região, que já é a campeã de destruição. Os pequenos agricultores que vão ter os sítios inundados não querem deixar a terra de fartura. “Vem o milho, vem o arroz, vem o feijão, vem o cacau. Isso aqui é como se fosse uma vaca de leite que todo dia você tira, todo dia vinga”, diz um agricultor.
Seguimos a viagem. Uma hora de voo sobre a floresta intocada até avistarmos a aldeia às margens do Rio Bacajá, um afluente do Xingu. Os Xicrin são um ramo dos Kaiapós e uma das seis tribos que serão atingidas. O povo xicrim faz a dança da guerra, mas o ânimo que encontramos não foi o de guerreiros prontos para a batalha e sim o de um povo com medo e sem saber o que esperar do futuro. Os homens se reúnem na casa do guerreiro e, numa deferência, convidam a repórter Sonia Bridi a sentar com eles. As mulheres não se aproximam, continuam suas tarefas, tímidas. Na beira do Rio, o velho cacique Onça explica seu temor: “E se o rio secar, o que vão fazer conosco? Sem água, a caça vai embora, não vai ter peixe nem água pra beber. Então por isso nós somos contra a barragem”. O risco de destruição foi apontado por um painel de 40 cientistas. Em Brasília, o responsável pelo projeto, Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, responde: “É importante tranquilizar a população local, porque foi estipulado pela Agência Nacional da Água e pelo Ibama uma vazão que seja condizente com a manutenção da piscicultura, a manutenção da navegação, com a manutenção da vida das comunidades que vivem do rio”. Os índios exigem que um ‘benajoro’, um líder grande, vá até a aldeia e dê sua palavra. De repente, uma das mulheres chega empunhando um facão e se posiciona na frente da câmera.
A repórter se lembra na hora da índia Tuíra, também kaiapó, que duas vezes enfrentou autoridades armada assim. Em 1989, num debate sobre a usina, ela tocou com seu facão um engenheiro, que hoje é o presidente da Eletrobrás. Dezenove anos depois, de novo Tuíra começou uma confusão que deixou ferido um engenheiro. Mas hoje a índia Moroktchoi quer falar. “Tenho medo porque tenho neto, tenho minha mãe velhinha, tenho medo de morrer. Que venha o chefe branco, explique o que vai acontecer. Porque se matar minha mãe e meus netos, vou matar também”, desabafou a índia. Feita a ameaça, ela se afasta e, uma a uma, as mulheres vêm falar do medo, da insegurança que sentem. A velhinha diz que já não dorme, não come, nem trabalha direito. O Xingu está prestes a mudar mais uma vez. E de novo os índios estão se unindo, para tentar impedir que seu paraíso desapareça.
Por quê temos que ter uma das maiores hidroelétricas do mundo ?
E pisando em centenas de famílias brasileiras, perseguindo, ameaçando, usando a força militar e federal para impor a vontade e ambição das grandes corporações financeiras e empreiteiras, nacionais e internacionais ?
Que geração de riqueza é essa, que elimina e marginaliza famílias e povos ?
Infelizmente neste pais chamado BRASIL, tudo tem ser resolvido com manifestos,conflitos, agressões enfim. Presidente Lula, Ministro da Justiça e presidente da Funai, todos eles sabem que este Decreto 7.056, só veio para acabar com o único orgão oficial que representava as comunidades indígenas brasileira, mesmo com alguns indígenas contrário a revogação deste absurdo decreto, eles não sabem ou se deixaram levar por opniões do todo podereso Sr. Márcio Meira e sua cúpula. quero parabenizar a presença da etnia guajajara do estado do maranhão, na Capital Fderal, Obrigado.
Além do Presidente da República, da FUNAI, tem que se ver os técnico do então CGPIMA que deram o parecer favoravel, inclusive entre eles tem uma técnica que faz a dobradinha com o pai na ELETRONORTE.
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