quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sertanista Odenir Pinto de Oliveira escreve carta indignada ao atual presidente da Funai

Odenir Pinto de Oliveira é um dos maiores indigenistas do Brasil. Filho e neto de sertanistas, desde o tempo do Marechal Rondon, Odenir foi criado pelos pais junto aos índios Bakairi, e depois os Xavante, desde sua infância. Fala as duas línguas indígenas e participa das duas culturas.

Além do mais, teve experiência de campo com os Mura, os Panará, ajudou os Pataxó a retomar suas terras em Caramuru-Paraguaçu, auxiliou os Guarani do Mato Grosso do Sul a retomar terras, demarcá-las e homologá-las, criou o Programa de Casas de Cultura entre 2003 e 2007, estabelecendo diversas Casas de Cultura, e continua firme em defesa dos povos indígenas.

A carta que ora segue foi escrita hoje e passada para seus amigos indigenistas e jornalistas. É uma das mais emocionantes pela veemência do estilo, e das mais duras, pelas denúncias, que já vi de um indigenista brasileiro nos últimos tempos.

Odenir compara o atual presidente da Funai, Márcio Meira, com o coronel Nobre da Veiga, que foi presidente da Funai há 28 anos. E o pior de todos, pelas arbitrariedades cometidas, por ir contra o indigenismo rondoniano, pelas falcatruas, por demitir indigenistas, por atentar contra os direitos indígenas e por reestruturar o órgão para facilitar a vida dos inimigos dos índios, por abrir as terras indígenas às mineradoras.

Levou anos para a Funai se recuperar de Nobre da Veiga. De certa forma, eis o que está acontecendo no presente.

Seu testemunho é de respeito! Se o Governo Dilma não o escutar, então não tem mais jeito com a questão indígena.

_________________________________


Senhor Márcio Meira 
Presidente da FUNAI 
C/c Ministro da Justiça 

Márcio Meira, 

Parece que foi ontem, mas foi em novembro de 1979 que o coronel João Carlos Nobre da Veiga assumiu a presidência da FUNAI. 

Nobre da Veiga entrou dizendo que o Órgão era “um mar de lama” e, junto com o seu principal assessor, coronel Ivan Zanoni, deu início a uma série de mudanças que permitisse uma “nova FUNAI”. Muitas delas com forte conotação político/ideológica, respaldadas nas teorias de estratégia militar tão bem defendida pelo seu principal assessor, inclusive com livro publicado. 

Dentro da FUNAI, Nobre da Veiga tomou as seguintes providências – pelo menos as que ficaram mais conhecidas: 

a) Demite, já de começo, 39 indigenistas por serem “subversivos” e porque precisava mudar o paradigma do “indigenismo oficial”; 

b) Reestrutura administrativamente o Órgão com esse objetivo e para “fortalecer as unidades regionais”; 

c) Incrementa o projeto de emancipação compulsória dos indígenas, criando os famosos “critérios de indianidade” e declara que todos os índios perderiam a tutela e “estariam emancipados em três gerações”; 

d) Edita várias Portarias permitindo empreendimentos dentro das terras indígenas e facilita a exploração mineral em terras indígenas; 


e) Com ajuda do Conselho Indigenista e do Ministro do Interior Mário Andreazza, proíbe Mario Juruna de participar do Tribunal Russel, na Holanda. 

Pois bem, Márcio Meira, parece que foi ontem. Vinte e oito anos depois de Nobre da Veiga, você assume a presidência da FUNAI e, como seu antecessor de vinte e oito anos atrás, você veio para implementar um “novo indigenismo oficial”, desta vez com muita ideologia neoliberal e com muita política partidária – mas tão parecida com a de Nobre da Veiga e Zanoni – que fico imaginando que o tempo não passou. 

Nobre da Veiga queria um “novo indigenismo” porque, segundo ele, aquele que havia era “ultrapassado e responsável pelo atraso da FUNAI”.

Parece que há algo muito familiar e atual nesse discurso, não? Mas não vou enumerar essas semelhanças. Porém, é inevitável dizer que tanto quanto Nobre da Veiga, você também quer reestruturar o Órgão com medidas que atentam contra direitos indígenas consagrados pela Constituição e pela Organização Internacional do Trabalho - OIT; você implementa uma política de extinção da tutela, sem amplo debate com os povos indígenas, como se a tutela fosse algum direito que o governo “deu” no passado e agora pode “tirar” ao seu bel prazer; você usa a Polícia Militar, a Guarda Nacional e o Polícia Federal para, sob argumento de proteger bens públicos, impedir que as populações indígenas se manifestem contra sua administração e a presença dos “novos zanonis” dentro do Órgão. 

Na ditadura militar, Nobre da Veiga dizia que, ao contrário da vontade dos povos indígenas, ele deveria continuar sendo presidente da FUNAI porque essa era uma “missão” que ele havia recebido dos seus superiores. Até o dia em que ele, no ímpeto de transformar o Órgão, comprou um novo prédio no Setor de Indústria de Brasília, para instalação dessa “nova FUNAI”, e no mesmo dia um belo apartamento, (não confundir com belo monte), localizado na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro, foi passado em seu nome. O Tribunal de Contas da União, acionado, tomou as devidas providências. Mas Nobre da Veiga não ficou conhecido porque queria morar na Vieira Souto: ele ficou conhecido por atentar contra os direitos dos povos indígenas. 

Ontem li na revista Época que você, mais uma vez, contrariando parecer técnico do setor responsável da FUNAI, encaminhou ao IBAMA o Ofício nº 013/2011/GAB-FUNAI, de 20 de janeiro de 2011,........A FUNAI não tem óbice para emissão da Licença de Instalação – LI das obras iniciais (sic) do canteiro de obras da UHE de Belo Monte, considerando a garantia de cumprimento das condicionantes.(sic). Em seguida, no mesmo Ofício, você pede que o IBAMA.....atue junto com a FUNAI no acompanhamento......., que não vou continuar transcrevendo, dado o ridículo dessa coisa. 

Muitas vezes a gente pensa que já viu de tudo e do seu contrário também. 

Mas nunca é verdade, porque as justificativas para os absurdos que alguns cometem quando estão na presidência da FUNAI, mudam de tempos em tempos. É muito provável que você dirá que está fazendo isso porque recebe orientação do seu partido político, do seu superior, da presidente da República, etc, etc, mas lhe digo uma coisa: desde o dia em que você, em novembro de 2009, concedeu a primeira, (Licença Prévia) ao IBAMA, para a mesma UHE de Belo Monte, de forma misteriosa porque também contrariava parecer técnico do órgão, nunca mais você poderá dizer que está na presidência da FUNAI porque quer o bem dos povos indígenas. No máximo, você poderá dizer que está aí porque tem uma “missão”. 

E o dia em que você conceder a última, Licença de Operação, para UHE de Belo Monte, mais uma vez o Estado brasileiro, através do seu organismo oficial de indigenismo, estará, numa trajetória iniciada por Nobre da Veiga e Zanoni há vinte e oito anos atrás, impedindo que os povos indígenas protagonizem seu destino e participem do destino do Brasil. 

Brasília, 02 de fevereiro de 2011 

Odenir Pinto de Oliveira 
Sertanista aposentado 

81 comentários:

Anônimo disse...

Odenir, com essa carta você ressuscita o espírito de Carlos Moreira!!!! Parabéns, meu irmão. Xará

Anônimo disse...

Excelente comentário
Parabéns...

Mas, infelizmente, nada sensibiliza o governo petista.
O Custer é blindado, se vende por qualquer trocado, é disso que o governo Dilma precisa. Nada será modificado,nem internamente !!!
Quem sabe no dia do seminário sobre Belo Monte (que ele certamente faltará, O MPF tome alguma posição...

Anônimo disse...

No melhor estilo Odenir. O texto certamente marcará o começo do fim desta gestão escandalosa. Parabens.

Anônimo disse...

É a mais pura expressão do desmantelamento do órgão indigenista. Lembrando, entretanto, que a cúpula de Diretores, a bem da verdade, são mais responsáveis que o próprio Presidente, pois, são eles que mediam essas e todas as outras desfortunadas lambanças.

Anônimo disse...

Mandou bem Odenir.

Anônimo disse...

Dizem que a voz do povo é a Voz de DEUS, sera que desta vez tera um resultado positivo.

Anônimo disse...

ODENIR, ESTA ATUAL DIREÇÃO É A MAIS APTA PARA LIDAR COM ESSA SITUAÇÃO DE ATROPELAMENTO QUE O GOVERNO REMETE AOS POVOS INDIGENAS, NEM VOCE OU QUALQUER OUTRO INDIGENA CONSEGUIRIA MUDAR O PANORAMA, PELO MENOS A ATUAL DIREÇÃO TEM MORAL POLITICA COM TIA DILMA E AINDA DOMINAM O UNIVERSO INDIGENA, DE MANEIRA QUE OS INDIOS AINDA ESTÃO NUMA BOA.... SINCERAMENTE TEMOS QUE ADMITIR QUE A ATUAL DIREÇÃO SÃO OS CARAS

Anônimo disse...

Esta Carta foi muito bem escrita e para quem ainda não conhece a história da FUNAI: coronel Zanoni (diretor na época) foi reconhecido por uma pessoa que foi torturada por ele nos porões da ditadura. Hoje a direção da FUNAI tem diretora que haje semelhante com ele: perseguindo, demitindo e torturando as pessoas com sua arrogância e estupidez -além da direção no geral não respeitar os Direitos Indígenas e nem os servidores e a administração pública conforme aquela época cruel.

Anônimo disse...

é pelo visto de nada adiantou ou adiantara remover esta turma que ai esta, fomos votos vencidos.
tiro o chapeu para a era Marcio Meira.

Anônimo disse...

é pelo visto de nada adiantou ou adiantara remover esta turma que ai esta, fomos votos vencidos.
tiro o chapeu para a era Marcio Meira.

Anônimo disse...

A publicação do decreto presidencial suscitou reações de funcionários e de representantes indígenas em vários locais, notadamente onde há atualmente uma sede de AER e por conta da reestruturação não haverá uma sede de coordenação regional. Nesses casos, a reestruturação está sendo traduzida como “extinção” de unidades e postos locais, quando, na verdade, não estão previstas supressões de estruturas administrativas atuais, mas a sua manutenção dentro da estrutura das novas coordenações regionais.

Porém, unidades administrativas em que há inchaço de funcionários em cidades, ou que foram criadas em função do interesse de grupos específicos, serão afetadas. Da mesma forma que núcleos corporativos devem perder influência e autonomia. Não há como corrigir os problemas estruturais do órgão sem afetar interesses em contrário, que agora se mobilizam para tentar manter o status quo atual.

Anônimo disse...

PARABENSSSSSSSSSSSSSS ODENIR ENFIM ALGUEM DISSE TODA A VERDADE E SOMENTE A VERDADE MAIS UMA VEZ PARABENSSSSSSSSSSS...
AMAMBAI - MS

Anônimo disse...

Deus sozinho nao conseguirá proteger os indios, pessoas como Odenir vem ajudando para que lembremos da Historia do Indigenismo Brasileiro e, os indigenistas são formados desta forma.
Um dia desses li neste blog que indigenista é aquele que tem remuneração.
Indigenista é aquele que sabe mediar os atropelos inter-etnicos e, por duas ou tres ocasiões na Historia do Brasil entrou uma terceira força: QUANDO O GOVERNO ATROPELA OS DIREITOS INDIGENAS... e como o Odenir coloca: de Nobre da Veiga a Marcio Meira. INDIGENISTA é formado pelos conflitos interétincos e por interesses do poderio economico patrocinado pelo governo federal e, de carona, vai o governo estadual emunicipal para destruir o espaço cosmonlogico das populações indigenas.

Anônimo disse...

Excelente carta!
Muito boa analogia.
Espero que outros grandes indigenistas e sertanistas, que viveram com e para os índios tb se manifestem. Pode ser que o grito de especialistas possa ser ouvido pela Presidente do Brasil e nos devolva a FUNAI para concertarmos. Ainda é tempo!

Anônimo disse...

Não sera uma carta como esta que ira derrotar a maior força sustentada pelos indios e pelos direitos mantidos por aliados politicos.
Voces são muito ingeunos

Anônimo disse...

Olá Odenir,

É triste ver tanto trabalho escorrendo de ralo a baixo. Tantas sementes esmagadas sem qualquer tipo de escrúpulo.Porém fico feliz em ver que os indigenistas e sertanistas foram chamados a razão e a luta sem medo de ser feliz com tanto fervor e sabedoria por você, para quem sempre tirarei o chapéu, meu grande amigo. Parabéns, sua carta despertou aqueles que ainda estavam dormindo, achando que era um pesadelo e mesmo assim não acordando, conforme o Moacir bem escreveu no seu blog. É hora de unirmos força, sabedoria e experiência, essa junção pode trazer bons fluídos. Obrigada, minhas forças e esperanças renovaram. Beijos. val

Anônimo disse...

Valeu valeu Odenir! É a retomada da união, acredita. Haverá contraditório certamente, porém, vamos a luta por que esses Diretores e Coordenadores alienados, comprometidos com o status do DAS 5 e 4, acabaram com o indigenismo brasileiro, mas não acabam nem com a Funai e nem com ´Povos Indígenas que sobreviveram no passsado tamanhas barbáries e agora são reconhecidos e não serão vencidos. Mandou bem! Amazonas/AM

Anônimo disse...

É, É VERDADE SIM, A ATUAL GESTÃO SÃO OS CARAS..... OS CARAS DE PAU. SE LIGA ORDINÁRIO!

Anônimo disse...

ASTRID
FUNAI
Depois da Educação, Astrid recebeu outro convite, em 2007, para ser a coordenadora de Planejanto e Orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), que é vinculada ao Ministério da Justiça. De maio de 2008 até o início de 2009, foi diretora de Administração na Funai, responsável por todas as licitações, recursos humanos, tecnologia da informação, contratos, logística, 45 administrações e 210 postos indígenas descentralizados no Brasil.
“Foi muito gratificante e incomparável em termos de aprendizagem e crescimento, principalmente por ter trabalhado com pessoas da mais alta qualidade, eficiência e capacidade em Brasília”, ressalta. Entre 2009 e o ano passado, a santa-cruzense foi secretária adjunta de Planejamento e Gestão de Canoas.

Anônimo disse...

Parabens ODENIR..
Mas não se esqueça de Dourados-MS..
Os indios aqui estão se matando, e a diretoria de proteção só com conversa fiada...

Anônimo disse...

É hora de fechar as CTL que só existem no papel, Recife, João Pessoa, São Luis, Curitiba e outras, lá não tem nem índios, só despesas com manuteção das unidades, energia eletrica, serviço de vigilância, serviço limpesa e conservação, telefone e outras. Dinheiro jogado fora, sem nenhum objetivo.

Anônimo disse...

Em resposta ao Anônimo de 3 de fevereiro de 2011 14:04, Pela maneira de se expressar nós notamos logo que você é um tremendo babacão. Se as Coordenações Técnicas Locais não estão funcionando a culpa maior é do(s) seus idealizadores o seu Presidente atual e toda sua cúpula. Não fique ai escrevendo asneira seu bobão. ok

Anônimo disse...

Ei senhor anõnimo o senhor ta bem enganado se as CTLs não funcionam não é por culpa dos servidores más
sim desta estrutura louca que esse presidente inventou e das Coordenações Regionais que não distribuem tarefas e atribuições, concentram tudo, as coisas não acontecem e quando aontecem uma coisinha é a passos de tartaruga e tratam os funcionários das CTLs como inimigos por que será? vocês sabem?

Anônimo disse...

Culpa total é da Gestão Administrativa, entenda desde a Criação do Decreto e restruturação, passando pelos atuais Diretores e uns Coordenadores Gerais, não esquecer Chefe de Gabinete e Presidente, os servidores destas localidades tenta fazer funcionar mas esbarra na Burrocracia instalada na Instituição.

Anônimo disse...

Muitos estão se lichando para esta tentativa de Carta aberta.
presencie rizadas referente este assunto, infelimete tem pessoas que não reconhece o verdadeiro indigenismo, são pessoas ligadas a Administração.

Unknown disse...

É realmente agradável poder ver a reação de pessoas como Odenir Pinto na defesa da FUNAI. Conheci Odenir e Apoena Meireles, quando participava do V Curso de Indigenismo, hospedado na Casa do Ceará, em Brasiliae aqueles dois jovens me pareceram com responsabilidades demais para a idade que tinham à época.Ver Odenir conversar com os Xavantes na própria língua deles me deu a certeza que eu estava no caminho certo. Pena que não podemos contar com a força de Apoena. Mas a FUNAI não é deste governos nem da atual diretoria. Ela é dos índios e de todos os brasileiros e quando todos se derem conta que estamos hoje caminhando para a contramão da história, a sociedade saberá dar o seu recado.Continue Odenir.

Anônimo disse...

Estimados Senhores,

Creio que não, a carta do Senhor Odenir não sensibilirá ninguém, muito menos o governo.


Sejamos realistas e pé no chão, a presidente dilma apoia márcio meira e fim de papo. Não serão cartas ou minúsculas articulações que mudarão o rumo da degradação dos povos indígenas no Brasil. A tendência sem dúvida nenhuma é piorar cada vez mais.

Não nos iludamos, esse é o quadro!

Anônimo disse...

Muito estranho isso tudo. As chefes comissionadas (DAS) do setor de licenciamento são contrárias e manifestaram isso publicamente, contra a vontade do “reizinho” Márcio que nomeou essas mesmas pessoas?
Ou é uma estratégia desse “iluminado” protegido pelo PT ou a Funai, além de toda a ordem de desgraças, vive como a Roma Antiga, entre traições e conspirações. O pior de tudo é quem paga o preço dessa esculhambação são os índios....a propósito, em Dourados/MS.....a desgraça continua....

Anônimo disse...

é muita consideração que se tem pelos trabalhos praticados por uma pessoa que muito fez pela instituição

Anônimo disse...

A Astrid do comentário anterior seria aquela loira gaúcha onde os índios sofrem todo o tipo de discriminação racial, falta de terras, insegurança alimentar, situações de pobreza mesmo, etc. Observem o “currículo” dela:

http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/261185-santa_cruzense_assume_diretoria_no_governo_tarso.html

Isso sim é uma indigenista !!!! Foi Diretora da Funai, amiguíssima do Tarso Genro !!!!

Anônimo disse...

O Presidente da Funai não tem feito nada pelos índios de Pernambuco, todas as CTL estão sem funcionar e as coordenadorias de Maceió e Paulo Afonso estão nas ruas da amargura, Os indigenas já estão se irritando com a diretoria e prometem voltar e pressionar os dirigentes eles agora querem Recife de volta.Quem não quer agora são os servidores.Será mentira ou será verdade. Só sei de uma cousa Recife continua parado, a espera de condições para começarem os trabalhos.

Anônimo disse...

As CTL’s que já foram AER’s, assim como as que funcionavam como PIN’s ficaram sem objetivos, as primeiras devido ao isolamento estratégico imposto pelos dirigentes e as demais por haverem sido transferidas das aldeias, para se instalarem precariamente nas cidades, até serem extintas conforme o plano original.

O organograma vigente nada tem haver com a política de “estado mínimo” que seria imediatamente imposta com o Decreto 7.056, se não fosse a inesperada reação dos índios ao desmonte de algumas Regionais e Pin’s.

Se o Brasil fosse um país sério, os dirigentes da FUNAI, seriam exemplarmente punidos, pelos: engessamento institucional, oneração dos gastos públicos, desvios de finalidade , falta de planejamento e despesas adicionais sem cobertura orçamentária.

Se fosse valer o raciocínio do postante das 14:04, a FUNAI teria que fechar a maioria dos setores de Brasília e do Museu do índio do Rio de Janeiro, que não tem qualquer utilidade para os índios e ainda geram despesas de manutenção e diárias maiores que todas as CTL’s juntas.

Se as Terras Indígenas jurisdicionadas as extintas AER’s possuíssem riquezas suficientes para atrair o interesse das Ong’s, certamente elas teriam sido fortalecidas ao invés de desqualificadas.

Anônimo disse...

Astrid

A saida dela foi procvocada porque batera de frente com alguns Gestores ligados ao Marcio, e porque ela queria efetuar a coisa correta e outros queria a coisa errada, muitos tem saudades

Anônimo disse...

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/02/03/mpf-volta-a-questionar-ibama-sobre-projeto-da-hidreletrica-de-belo-monte.jhtm

O Ministério Público Federal no Pará afirma que enviou na quarta-feira (2), pela segunda vez, um ofício ao Ibama questionando mudanças no projeto da hidrelétrica de Belo Monte. Segundo o MPF, as mudanças incluiriam a adoção de um canal único, em vez de dois, para desviar a água do rio Xingu em direção às turbinas. Também teria sido retirado do projeto um vertedouro complementar.

Anônimo disse...

Como já disse anteriormente, se não tem índio nem nenhuma atividade, tem mais que fechar, não existe logica, é dinheiro público jogado fora, os servidores podem ser removidos para outras CTL ou regionais, ou quem não quiser pode ser distribuido para outro órgão, não é justo nós contribuintes pagarmos a conta.
O Marcio Meira esta certo, não pode ficar olhando pelo retrovisor, o que passou ficou para trás, agora é uma nova filosofia da história indígena no Brasil.
Saudosismo só serve para emperrar o progresso, temos mais que mudar o trato com a questão indígena, iremos contar uma nova realidade de agora em diante, o futuro será nosso julgador.

Anônimo disse...

Trata-se de uma nova realidade, que deve ser arrumada, pois eta uma baguna e desorde total nas CR e CTL, aquelas que funciona a CR não funciona a CTL direito, as que funciona CTL não funciona CR, estamos jogando dinheiro pelo rallo, pior dinheiro do contibuinte, precisa arrumar melhor o decreto, a estrutura de caada uunidade conversar com as areas e não ficar fingindo que esta fazendo, saber realmente o que se precisa em cada unidade, ver quantitativo de maça de manobra pode ser usadas.
o que passou ficou para tra, sim mas devemos tb corrigir os nossos erros e admitilos.

Anônimo disse...

Lendo a maioria dos comentários percebi que muitos não sabem o que dizem. Tem gente preocupado com contas de luz, agua, vigilancia, etc. As pessoas afetadas diretamente são os indios e os servidores, não os que estão entrando agora, que pasmem estão sendo removidos em bandos para outras localidades que não são as do edital para onde eles passaram. Esses estão indo para pnde querem e os servidores com mais de 25, 30 anos de serviços prestados ao órgão, esses não sabem do dia de amanhã. Levando em consideração que também já não são tão novos assim e com certeza tem sua vida estabelecida em alguma cidade onde agora a FUNAI é uma CTL. E aí, o que será feito dessas pessoas? Vão recomeçar em outra localidade? E a familia dessas pessoas? Tudo isso porque alguém resolveu brincar de ser Deus com a vida dos índios e servidores. A história da FUNAI começa com os índios, obviamente, mas passa pelos servidores da casa, todos nós. Os aposentados, os que já morreram, os que morreram em area indígena e os que ainda resistem dentro do órgão.

Anônimo disse...

Toda mudança fere interesses, mas se faz necessária, ainda que poucos sofram temos que seguir em frente.
O que fazer com os servidores, das Administrações que deixaram de existir? Simples, é só redistribuir ou remover, ninguem vai ficar sem emprego, não há com o que se preocupar, quem trabalha não tem nada a temer, agora quem quer ficar só esperando o tempo passar, ai sim, vai ter que reaprender a trabalhar.

Anônimo disse...

Odenir furou a pústula que tomou conta da Funai e dá-lhe um nome. Passar por cima de um parecer técnico foi o cume de um processo que vem desde 2007 e que começou a feder com a Licença Prévia e com o decreto 7506. Nós indigenistas novos estamos revoltados com o que se passa na Funai. Vários já saíram, amaioria espera mudanças já. Vade retro!

Anônimo disse...

A verdade é que a FUNAI está um caos.
Se eu fosse Ministro faria uma Devassa naquele órgão.
Aos interessados, verifiquem o que está acontecendo! Vários terceirizados sem fazerem nada! e os coitados dos novatos nem se fala! Os indigenistas de verdade estão se degladiando, Não há motivo para continuar.
Socorro, VAMOS SALVAR A FUNAI!

Anônimo disse...

A FUNA, com a atual gestão não tem salvação, tem muita gente competente, mas esta precisando de uma lavagem.

Anônimo disse...

Hoje me lembrei de um texto muito odiado por alguns "servidores" da funai. É do Jorge Pozzobom...é é da década de 90 mas muito atual, vale a pena ler, O lumpen-indigenismo do estado brasileiro. Interessante mesmo. sabemos que a FUNAi ainda conta com muitos servidores indigenistas comprometidos, mas fala sério, quem tem que lidar com as regionais, ctls e até a sede todos os dias sabe que a maioria não entende que estão ali para servir aos índios, como servidores públicos ao seu público. Como Jorge diz a FUNAI é que deve servir aos interesses deles. leiam e percebam as semelhanças. brincadeira tem gente que só aparece para assinar o ponto e no final do mês ainda quer salário.!!!!!

Anônimo disse...

Para os novatos!
Que respeito podemos ter para com um órgão que trata seus veteranos como empecilho para a reestruturação?
...Que manipula representantes indígenas?
...Que beneficia com DAS só os submetíveis?
...E principalmente...a que interesse serve esse órgão?
E mais...
Para que estudamos a Constituição de 88, o Estatuto do Índio, a 8112e outros, no recente concurso?
Será difícil trabalhar pela causa indígena e ter o reconhecimento do trabalho... em contraste a esse jogo de interesses que opera nesta "reestruturação"!
Ano Nima

Anônimo disse...

Dep. Zequinha Sarney, do PV do Maranhao, criticou na Câmara a licença dada pelo presidente da FUNAI a revelia do parecer da técnica Janete. O que significa isso?

Anônimo disse...

Essa discussão sobre o quê fazer com as Ex-AER's que hoje são CTL deveria ter sido feita antes. Prova que não houve planejamento, apenas a determinação de fazer o que se fez.
Agora é juntar os cacos. Não dá é pra ficar dizendo, por exemplo, que Recife é uma CTL Temática... Que diabo é isso? Alguém sabe dizer? Porque até agora quem inventou isso não sabe.
E não se trata de redistribuir servidores. Não somos apenas "servidores", somos indigenistas. Uma vida dedicada a isso.
Pra quem está confortavelmente assentado em Brasília, é fácil jogar com a vida das pessoas sem qualquer interesse humano.
Essa briga toda, essa arenga toda, esse destilar de venenos, não leva a nada positivo.
Mas pelo menos serve para sabermos que há pessoas na nossa instituição que sentem um certo orgasmo em prejudicar os outros.

Anônimo disse...

Para vcs entenderem, nem a ANSEF faz nota de repudio, pois seu Presidente é amiguinho do Rilder e faz um papel de leva e traz, nada confiave

Anônimo disse...

Quando quero vomitar eu venho ler este blog.

Anônimo disse...

Isso ai já tava na cara meu companheiro, a ANSEF sempre fez joguinho duplo, esse laço de amizade do presidente da \ANSEF com esse malandro do Rilder ainda vai dar o que falar

esperança

Anônimo disse...

Que Orgao e esse que gasta valores absursos pagando diarias de colaboradopr a esse pilantra do Gilberto Azanha do CTI, e se esqueçe de sua obrigação institucional de proteger e assistir os indios como no caso dos \Guarany de \Dourados esse Presidente da FUnai e um maniaco desqulificado e desequilibrado, o seu dia uma hora vai chegar e vai pagar muito caro pelas suas trapaças e trapanhadas nessa desorganização que fez com a |FUNAI

Anônimo disse...

Todo mundo indigenas indigenistas sociedade em geral vamos continuar denunciando ao TCU, CGU , MJ, Senado, Camara dos Deputados, imprensa esssas mazelas eles vao cair uma hora

Anônimo disse...

Como recente servidor fiquei atônito, pois acreditava que a FUNAI tinha diálogo com os índios e com os servidores. Agora estou sabendo que a Direção da Funai chamou a Força Nacional Militar e até fez sala para eles na portaria para impedir que índios adentrassem no órgão indigenista e até servidores de outras localidades. E que em janeiro 2009 houve briga entre índios na porta da Funai e até sangue indígena e que tudo foi por má gestão da Direção da própria Funai.
Quem colocou essa Direção da Funai? o Presidente Lula? o Ministro da Justiça ? ou os Empresários de hidroelétricas ou fazendeiros ?
Que péssimo para nós e para os índios das aldeias.

Anônimo disse...

As explicações do presidente da Funai para o parecer sobre Belo Monte:
“A Funai informa que há grave distorção no texto “Presidente da Funai contraria parecer técnico do órgão e apoia licença de Belo Monte”, veiculado dia 01 de fevereiro de 2011 no blog Político da Revista Época. A Funai assume compromisso incondicional com a garantia de execução das condicionantes e firmou, inclusive, protocolos para executar as medidas de apoio aos povos indígenas impactados.
http://colunas.epoca.globo.com/politico/2011/02/03/funai-nega-ter-contrariado-parecer-tecnico-em-caso-belo-monte/

Anônimo disse...

A ANSEF procura não se envolver com medo de retaliações, mas é pura fachada, podem ver, ela já fez ate festinha de posse e os principais convidados eram a Chefia de Gabinete e a Direção.

Anônimo disse...

parece brincadeira............

Anônimo disse...

Temos que cobrar relatório detalhado da gestão deste Presidente da ANSEF. Esse cara AMIGUINHO do RILDER, dizem que é LEVA E TRÁS. Nós sócios da ANSEF, temos que solicitar uma posição deste rapaz!

Anônimo disse...

PARA CONHECIMENTO DE TODOS:

Art. 1o - A Associação Nacional dos Servidores da FUNAI - ANSEF, entidade de caráter reivindicativo, cultural, recreativo e assistencial, representativa dos funcionários da Fundação Nacional do Índio, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, com sede e foro do Distrito Federal e atos constitutivos registrados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, fundada em 05 (cinco) de junho de 1984.

Anônimo disse...

Quero agradecer em nome dos servidores da CTL -Recife, e responderam Processos Administrativo Disciplinar nº 08777628/2009 e que foram inocentados pela comissão e o Departamento Juridico da Funai e posteriormente arquivado pelo Sr Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, conforme edição publicada no Diário Oficial da União em 04/02/2011.Aos colegas e amigos que participaram de nossa luta em Brasilia, Recife, Paraiba, Alagoas, Paulo Afonso, Ceará Maranhão e Pará, nossos sinceros agredecimentos , pelo gesto de carinho e preocupações para conosco enviadas atraveis de lindas mensagens e telefonemas de felicitações.Não poderiamos silenciar diante deste fato e aproveitar o espaço no Blog do Mercio para agradecer a todos e dizer Obrigado Meu Deus por tudo o que passamos e que a Justiça deva prevalecer acima de tudo,Eraldo de Vasconcelos Leite C T L - R E C I F E.

Anônimo disse...

A carta é um texto forte, mas deve ser enviada ao Ministério Público Federal. Quanto à licença que contrariou parecer técnico, parece ter sido uma encomenda do governo Dilma. Vale, no entanto, a denúncia ao MPF.

Anônimo disse...

Para os novos servidores,
É bom separar o joio do trigo, e vc com certeza verá isso em breve e talvez sinta na pele. Muitas vezes defendemos o direito do índio e ele mesmo dentrode sua concepção de vida faz "acordos" que nos deixam de mãos atadas.
A força policial é terrivel, mas nem sempre todos que "invadem" a funai são os índios. Eles são usados na comissão de frente para o confronto, mas para defender desejos alheios. Essas pessoas não aparecem e são tão sujas quanton os que estão no ar agora. Muitas vezes é preciso segurança para que usn e outros não usem da boa fé indígena e saiam batendo (literalmente) em servidor que não tem nada haver com o pato como já aconteceu. Não fale o que vc não sabe se ainda não viveu para ver a FUNAI. Todos falam, mas na real é sempre tudo igual e o pior alguns índios gostam do caos que se estabele para se beneficiar, são pessoas com interesses. Não se engane, não seja romantico

Anônimo disse...

http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticia/BELO+MONTE+DESCONSIDERA+DIREITOS+INDIGENAS+DIZEM+ANTROPOLOGOS++_72993.shtml
O processo de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), não tem levado em conta os direitos e a voz dos povos indígenas e das comunidades tradicionais da região. A crítica é de antropólogos e lideranças indígenas.

A resistência dos índios kayapó e de comunidades ribeirinhas, que desde a década de 1980 protestam contra a instalação de projetos hidrelétricos no Xingu, não foram considerados pelo governo quando o projeto foi retomado, de acordo com o líder indígena Marcos Terena.

MP pede que Ibama não emita licenças para Belo Monte

“Os governos não compreendem a linguagem indígena. Uma hidrelétrica dessa envergadura agride o presente e o futuro das comunidades”, disse o líder, nesta segunda-feira (7/2), durante seminário em Brasília.

Anônimo disse...

http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticia/OAB+PEDE+PARALISACAO+DE+OBRAS+DA+USINA+DE+BELO+MONTE_73005.shtml

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) defendeu a paralisação imediata das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, até que sejam cumpridas todas as condicionantes exigidas para execução do projeto. O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, pediu que a Justiça analise com urgência a ação do MPF (Ministério Público Federal) que pede a suspensão da licença parcial concedida pelo Ibama para o início das obras.

O MPF questiona a legalidade da licença parcial, concedida no final de janeiro, porque as condicionantes previstas na licença prévia não estariam sendo cumpridas em sua totalidade. "Belo Monte só pode iniciar sua construção mediante o cumprimento das condições essenciais para o início da execução das obras, e sem isso é ilegal o início das mesmas", disse Ophir Cavalcante, que se posicionou sobre o tema depois de receber em seu gabinete Jarbas Vasconcelos, presidente da OAB-PA, e o vice governador do Pará, Helenilson Pontes.

"A postura do governo federal é contraditória, não tem respaldo legal, e a OAB não pode concordar com esse tipo de licença parcial não prevista em lei, que remete para depois o cumprimento de todas as condicionantes", afirmou Ophir.

Participação da sociedade

Para o presidente da OAB, a sociedade civil e o governo do Pará devem ter mais participação na execução do projeto da usina hidrelétrica no Rio Xingu.

"Não se pode continuar nessa atitude colonialista do governo federal em relação aos Estados, sobretudo no que diz respeito a esses grandes projetos nacionais; é preciso maior participação dos Estados e da sociedade", criticou Ophir Cavalcante.

Anônimo disse...

Segundo o antropólogo e assessor do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Ricardo Verdum, a questão indígena foi negligenciada durante o processo de negociação de Belo Monte e a decisão de levar adiante a construção da usina sem o consentimento dos kayapó fere tanto a Constituição quanto regulamentações internacionais sobre direitos dos índios.

“Estão previstas a consulta e o consentimento das comunidades para atividades econômicas em seus territórios. É preciso sensibilizar o governo para que empreendimento seja paralisado e haja uma discussão democrática da necessidade dessa obra, para que os povos tenham direito de se manifestar” afirmou.

A presidente da Associação Brasileira de Antropologia, Bela Bianco, considera Belo Monte um caso “emblemático” na discussão de direitos indígenas. “As comunidades atingidas mais uma vez não estão sendo ouvidas.”

No fim de janeiro, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concedeu uma licença de instalação parcial que autoriza a construção do canteiro e outras obras preparatórias para a usina.

Dias antes da autorização, o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, informou ao Ibama que, em relação a questões indígenas, não havia obstáculos para a autorização. No entanto, ambientalistas e lideranças do Xingu argumentam que pareceres técnicos do órgão indígena alertavam para o não cumprimento de condicionantes previstas pelo Ibama na licença prévia, o que impediria a continuidade do licenciamento ambiental de Belo Monte.

Anônimo disse...

Essa é a realidade da CGPIMA da Funai:

vídeo o depoimento do cacique da comunidade indígena Pakisamba:
http://www.youtube.com/watch?v=dycQ49n9mGw&feature=related

Anônimo disse...

[ 07.02.11 ] - Meio milhão de assinaturas contra Belo Monte serão entregues ao governo amanhã

http://www.iela.ufsc.br/?page=noticia&id=1650

Anônimo disse...

http://br.noticias.yahoo.com/s/07022011/48/manchetes-indigenas-querem-entregar-dilma-manifesto.html

Por Luana Lourenço, da Agência Brasil
Brasília - Símbolo internacional do movimento de defesa da Amazônia, o cacique Raoni quer dizer à presidenta Dilma Rousseff que os povos indígenas da região do Rio Xingu, no Pará, não querem a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Raoni está em Brasília com mais cem indígenas da etnia Kayapó, que pretendem entregar amanhã (8) um manifesto à presidenta com mais de meio milhão de assinaturas contra a hidrelétrica.
"Vim para falar que somos contra, que não queremos Belo Monte. Se o governo pudesse me ouvir, queria dizer que não construam a usina", disse o líder kayapó antes de participar da abertura do seminário "A Hidrelétrica de Belo Monte e a Questão Indígena".
Raoni disse que a construção de Belo Monte vai destruir a floresta, o rio e deixar comunidades indígenas do Xingu desabrigadas. "Não temos mais espaço. Vocês [homens brancos] já tomaram conta de todas as terras. O governo deveria deixar os índios onde os índios estão. Quero que rios e florestas fiquem para os meus netos e vou lutar por isso".
O líder indígena Marcos Terena lembrou o histórico da resistência das comunidades tradicionais à construção de Belo Monte, desde o 1° Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, quando as lideranças da região já protestavam contra a hidrelétrica, na época batizada de Kararaô.
"Durante muito tempo, o homem branco agrediu nosso pensamento e o de nosso espírito. Devem parar. Nossos territórios são sítio sagrado do nosso povo. Nosso espírito indígena diz: parem", disse, ao citar trechos da carta lida no fim do encontro de 1989.
A polêmica entre governos e organizações indígenas e ambientalistas em torno da construção de Belo Monte já dura mais de 20 anos. Apesar da resistência, o projeto ameaça sair do papel. Em janeiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu uma licença de instalação parcial que autoriza a construção do canteiro e outras obras preparatórias para a hidrelétrica

Anônimo disse...

Posicionamento de 01 HOMEM (GESTOR DE CORAGEM), que não coloca o cargo público em primeiro lugar.
Tiro o Chapéu

Medialivre | 14 de janeiro de 2011

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais...
Medialivre | 14 de janeiro de 2011 | 1 pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Abelardo Bayma, pediu demissão do cargo por discordar da emissão da licença definitiva para a implantação da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. . Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar.
Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte -- ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas:

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo...

Abelardo Bayama Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Abelardo Bayma, pediu demissão do cargo por discordar da emissão da licença definitiva para a implantação da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, prevista para ser construída no rio Xingu, no Pará (Época, Leonel Rocha, 12.01.2011).
Em carta enviada à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, Abelardo alegou motivos pessoais para pedir exoneração do cargo. Mas revelou a amigos que deixou o posto depois de ter sido pressionado pela diretoria da Eletronorte a emitir a licença definitiva em nome do IBAMA para a instalação da usina. Ele estava no cargo desde abril do ano passado e é funcionário de carreira da autarquia.
Em reuniões com a diretoria da Eletronorte há dez dias, Abelardo se negou a emitir a licença definitiva para a construção da usina. Ele argumentou que o IBAMA não poderia emitir o documento porque o projeto ainda está cheio de pendências ambientais. Abelardo admitiu que o IBAMA poderia emitir a licença para a instalação e não a definitiva. A construção de Belo Monte foi um dos motivos que levou ao pedido de demissão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela discordava da implantação da usina alegando que a obra causará fortes danos ambientais na região com o alagamento de uma área de aproximadamente 500 km2.
As divergências sobre Belo Monte provocaram um confronto no governo entre Marina Silva e a então ministra-chefe da Casa Civil, a presidenta Dilma Rousseff, que defende a antecipação dos prazos para a conclusão da usina, prevista inicialmente para outubro de 2015, um ano após o mandato presidencial. Para conseguir antecipar a conclusão, como quer Dilma, é preciso que o Ibama antecipe as licenças, mas o instituto alega que há falhas técnicas a serem reparadas no projeto. A previsão é que Belo Monte gere mais de 11 mil megawats para atender a uma população de 26 milhões de pessoas na região Norte.

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=8utb4GTHlI4&NR=1

Anônimo disse...

Na FUNAI esta complicado achar uma pessoa assim.

Anônimo disse...

AI esta o motivo, o KARA é funcionário de carreira da autarquia.

Anônimo disse...

PESSOAL, TA ROLANDO UMA DENUNCIA GRAVE NO MPF DE MATOGROSSO EM DESFAVOR DE UM TECNICO DA CGGAM , ELE ESTEVE EM MATOGROSSO JUNTAMENTE COM A VALEC TENTANDO EMPURRAR DE GOELA A BAIXO NOS INDIOS DA REGIÃO NOROESTE E MEDIO NORTE MATOGROSSENSE(PARECIS,NAMBIKUARAS,MYKY,IRANTXE,CINTA-LARGA,ENAWENE-NAWE E RIKBAKTSA), O TRAÇADO DA FERROVIA URUAÇU-GO - VILHENA-RO.A FERROVIA IRA LEVAR GRANDES IMPACTOS A ESTAS COMUNIDADES, POREM O DENUNCIADO QUER QUE OS INDIOS CONCORDEM SEM A NECESSIDADE DE SE FAZER ESTUDOS MAIS DETALHADOS REFERENTE AOS DANOS ETNO-AMBIENTAIS. ENQUANTOS TODOS ESTAO DE OLHOS EM BELO MONTE , OUTROS MPREEDIMENTOS ESTÃO FIGURANDO NAS SURDINAS E SILENCIO, AMIGOS ESTA FERROVIA VAI ATAZANAR A VIDA DE MUITOS INDIGENAS, ALEM DESTES QUE CITO ACIMA, AFETARA TAMBEM INDIOS XINGUANOS, XAVANTES , BOROROS E BAKAIRIS. NA VERDADE ESTA FERROVIA É MAIS DANOSA QUE A TAL BELO MONTE.... ATENTEM AMIGOSSSS

Anônimo disse...

vEJAM O TANTO QUE ESSE MARCIO MEIRA E MENTIROSSSSO NO LINK ABAIXO
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4201120-EI306,00.html OU ENTAO NO LINK http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2010/01/12/interna_brasil,166060/funai-nega-fechamento-de-postos-indigenas-e-diz-que-so-nomenclatura-mudou.shtml

ESSE SAFADO DIZ QUE NADA MUDOU SO A NOMECLATURA E PORQUE ESTA FECHANDO ADMINISTRAÇÕES QUE PELO DECRETO SE TRANBSFORMARAM EM CTL

Anônimo disse...

Essas "mutretas" da CGPIMA no Mato Grosso deveriam ser investigadas....mas como , se a Coordenadora de Licenciamento é de confiança do Presidente e os técnicos também são todos comissiondados

Anônimo disse...

Isto mostra a seriedade me que a FUNAI se transformara

Anônimo disse...

Aqui em mato-grosso, o CGPIMA faz o quer, pois os coordenadores da funai são CAPACHO de Brasilia..

Anônimo disse...

Índios entregam manifesto contra obras da hidrelétrica de Belo Monte

Publicação: 08/02/2011 17:25 Atualização: 08/02/2011 17:55

Cerca de 250 índios e ativistas realizaram nesta terça (8/2) uma manifestação em frente ao Congresso Nacional contra a liberação das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.

O protesto, que começou pela manhã, terminou no início da tarde quando representantes indígenas foram recebidos pelo secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sotilli. A reunião durou cerca de uma hora.

No encontro, as lideranças entregaram para Sotilli um documento, endereçado à presidente Dilma, listando os motivos pelos quais os índios são contrários à construção da usina.

Segundo eles, as obras podem acabar com animais e com a vegetação da região, consequentemente, causando danos às populações ribeirinhas e aos índios.

Sotilli assegurou aos manifestantes que a carta será entregue à presidente.

Antes de retornar para as aldeias de origem, os índios adiataram que os protestos contra as obras da usina vão continuar

Desisto de Lutar por mudanças.
Os índios estão satisfeitos e sendo assim também estarei.

Anônimo disse...

O que falar da Coordenação de Maraiwatsede, que o nepotismo e claro, o Coordenador, sua mulher, seu enteado e o seu cunhado, todos com cargos de chefia numa mesma unidade, compram, assinam e fazem tudo entre si e mole nao meu irmao, o cara apesar de servidor de carreira e da patota do Meira e faz tudo o que ele quer,

olheiro do povo

Nenes disse...

PARA SEU CONHECIMENTO E DOS DEMAIS.
O Coordenador de Maraiwatsede nao tem função, apenas responde pela CR, e eu (esposa), nao tenho e nunca tive funçao nesta Coordenação, que sou servidora de carreira do quadro dessa Fundação, que o enteado passou por pesquisa junto à Casa Civil, e cunhado nao e parente, alem de que, tambem e servidor de carreira dessa Fundação. Para concluir as demais funções destinadas a esta CR estao distribuidas entre servidores do quadro e tambem fora do quadro da Funai. Contamos tambem com 04 servidoras novas, aprovadas em Concurso Publico que ja estao trabalhando. Quero dizer ainda que a patota aqui trabalha muito, e presta conta dos recursos recebidos a Comunidade Indigena Maraiwatsede e ao Governo Federal, e convidamos aos interessados irem visitar a Aldeia Maraiwatsede e verificar com os proprios olhos os trabalhos e projetos que ora estao sendo desenvolvidos, com a participaração da comunidade Xavante.

Anônimo disse...

Custer não é blindado o que existe é jogo de interesse, onde o indígena é expropriado de seus direitos e o Custer aceitou isso para ficar no comando fictício, sob domínio de empresas.

Anônimo disse...

Comando fictício mas com muito dinheiro no bolso.
Empresas, quais ?

Anônimo disse...

so não ve quem não quer.

Anônimo disse...

Gente, a Funai Belém foi a última vítima das decisões isoladas desse atual Presidente
da FUNAI. Ele e sua equipe, resolveram transferir a Coordenação Regional de Belém para o Município de Altamira e transformar Belém em CTL. Fizeram isso a sete chaves, a nível de imposição, sem o mínimo de respeito pelos índios, pelo Coordenador Regional e pelos servidores.No mínimo, eles deveriam ter feito uma reunião e informado essa decisão com antecedência. Nós vivemos num regime democrático e a democracia dentro da FUNAI deixou de existir desde que esse presidente assumiu.Já tem mais de mês que essa Portaria foi publicada e até agora não veio ninguém da FUNAI de Brasília conversar com servidores e índios.
Gente, vocês sabem por onde andam os servidores da FUNAI de carreira? aqueles que realmente entendem de indigenismo e que sempre vestiram a camisa da FUNAI?
Quero deixar um recadinho a esses respeitados colegas: se alguém se sente desvalorizado e sem nenhum apoio dentro da FUNAI, tudo isso é passageira, não se preocupem, logo, logo, vai acabar, só aguardem mais um pouquinho que essa tempestade Marcista vai passar...

 
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