sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Marina Silva promete demarcar terras indígenas guarani


A ministra Marina Silva, candidata a presidente da República pelo PV, esteve ontem num Aty Guaçu, ou Assembleia Guarani, em Japorã, ao sul do Mato Grosso do Sul.

Desceu de helicóptero, vinda de Campo Grande, e foi saudada pelos índios como uma salvadora. Prometeu que iria falar com o presidente Lula sobre suas condições de vida e sobre a demarcação de suas terras. Prometeu que iria estar sempre ao lado deles, seja como senadora, seja como professora, seja como presidenta. Prometeu que demarcará suas terras caso venha a ser presidente.

Ministra Marina, por favor, não se pode fazer promessas a torto e a direito. Nem durante campanha política. Haja visto o que a Funai, o MJ e o MPF prometeram aos Guarani há dois anos e a coisa continua patinando e está cada vez mais conflitual. A questão dos Guarani é muito complicada, precisa de uma nova visão antropológica para redirecionar a relação interétnica e a posição do Estado brasileiro, sem o que esse povo indígena não conseguirá recuperar sua dignidade social e econômica.

Promessas e palavras o vento leva, e os Guarani ficam na mesma.

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Marina Silva apoia ultimato dos índios Guarani para demarcar terras indígenas, no Mato Grosso do Sul

Agência Estado

A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência, manifestou apoio ontem ao ultimato dos índios guarani-caiuás, que deram prazo de 30 dias para a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciar a demarcação das terras tidas como indígenas em Mato Grosso do Sul. "Estou aqui na condição de senadora, não como pré-candidata à Presidência da República. Não prometo resolver os problemas aqui apresentados, mas estou junto com vocês nessa luta para a reconquista das terras de seus antepassados", afirmou Marina para os caciques reunidos em Japorã.

"Posso até não ser mais senadora no próximo ano, mas continuarei lutando pela causa indígena como professora, como uma aliada ativa e se for possível até como presidente." Ela explicou ter obtido bons resultados na busca dos direitos das minorias. Contou que desde os 17 anos de idade trabalhou no Acre pelos 12 mil índios do Estado. "Imaginem aqui em Mato Grosso do Sul, onde vivem 60 mil indígenas. O problema é bem maior. Prometo levar pessoalmente seus depoimentos ao presidente da República e vou usar a tribuna do Senado para buscar soluções para a questão."

"Temos 32 tekohas para serem demarcados. Vamos esperar um mês, depois nós mesmos vamos demarcá-las", disse o cacique Getúlio Lima a Marina, usando o termo guarani para se referir à terra tradicionalmente indígena. A posição do cacique foi endossada pelos representantes de todas as tribos do Estado presentes à reunião, com a declaração de um "grito de guerra". As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Senadora marina, que declaração vexatória! A senhora tem que estudar e ler um pouco mais!

Nunca será regularizada essas áreas dos Guarani - Kaiowá, isso já está decidido tanto politicamente como pelo próprio judicário. O caso Guarani-Kaiowá exige atitudes mais profundas por parte do estado. Não tem mais jeito marina silva, esse é o resultado da política indigenista na qual o seu governo do PT alcançou como resultado: "A desgraça dos próprios índios"

Abraço!

Antônio

 
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