sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Museu do Índio pode sair da Funai

O fato do Museu do Índio, entidade da Fundação Nacional do Índio, criada por Darcy Ribeiro e o Marechal Rondon, nos idos de 1953, não estar presente no Regimento Interno da Funai, cuja minuta circula pela internet, tem deixado muitos indigenistas e antropólogos de orelha em pé. Inclusive o autor deste Blog.

O Museu do Índio tem servido para muitos propósitos, em alguns casos para engradecimento pessoal. Porém, no cômputo geral, o Museu é o depositário da Biblioteca do Marechal Rondon, com seus livros, seus relatórios de viagem, as publicações da Comissão Rondon, e muitas coleções antropológicas e indigenistas. O mais importante aspecto do Museu do Índio tem sido seu papel na assistência ao reconhecimento de terras indígenas Brasil a fora, especialmente as terras indígenas reconhecidas no século XX e que foram subtraídas por fazendas ou cidades.

É necessário que o autor da minuta do Regimento Interno da Funai, assinada pelo antropólogo Artur Mendes, venha a público para esclarecer a questão, antes que uma surpresa nos atinja a todos.

Ontem circulou pelos labirintos do Ministério da Cultura e de hostes do PT que, de fato, o Museu do Índio iria sair da Funai e passar a fazer parte do sistema de museus daquele ministério.

Antes que essas notícias se confirmem através de um decreto presidencial que está para ser publicado, visando reformular o decreto 7056/09 que instituiu uma desastrosa reestruturação da Funai, é necessário que os indigenistas e antropólogos e os próprios índios se manifestem contrários a essa subtração de um patrimônio intelectual que pertence ao indigenismo brasileiro.

A enquete ao lado servirá de balizador, neste Blog, para a opinião dos participantes a respeito do Museu do Índio.

11 comentários:

Anônimo disse...

Ontem comentei com o Sr. Daniel Cabixi, da etnia Paresi, autodidata e escritor, ref essa historia, ele ficou muito chateado e revoltado da possibilidade do patrimonio cultural dos indios e toda a historia do indigenismo brasileiro ser desvinculado da FUNAI.

Anônimo disse...

O museu do indio, faz tempo que já saira da FUNAI, o Sr. Levinho sempre procuraou tratar como se ele não fosse FUNAI, só o é quando precisa de recursos da FUNAI. Tenho pena dos índios, que antes tina unidade que cuidava CGART (antiga) que o Decreto acabo juntamente com a Srª Elzaa

Anônimo disse...

MAIS ESSA???????????????????W

Anônimo disse...

Se acabaram com a FUNAI, imagine só "MUSEU" Isto é coisa de índio. E para o Governo o índio deve ser aniquilado como ele esta fazendo com quem faz oposição ao seu governo.

Anônimo disse...

Nos EUA tem desde ums anos o "American Museum of Indians" (tem site assim no internet!). O director e um indigena "Southern Cheyennne", Dr. West. Nos EUA os indigenas se titulam "Native Americans" - mas o museu nao atoptou ese titulo - porque ha outros "indigenas" nos EUA alem dos "indios": Os "Inuit" (Esquimales), os Yupik (Siberianos), e os "Native Hawaiians (Polinesios). (Jan)

Guilherme Carrano disse...

O pior que tenho escutado em Brasília, em pleno século 21, é que alguns que estão na cúpula do governo não entendem ainda que os indígenas são seres humanos.
E que as dezenas de Povos Indígenas que sempre habitaram esse continente são partes do Povo brasileiro autêntico.
A ignorância é tanta que estão enraizados ainda no pensamento discriminatório semeado pela igreja católica e empresários europeus, desde 1500.
E, assim, tratam os povos Indígenas como objeto: como empencilhos ao PAC; como desprovidos de cidadania proprietária; como seres inferiores; como objetos de estudos particulares etc...
E fazem políticas para destruir as sábias articulações e poderes comunitários tradicionais oferecendo corruptivamente "poder" a indivíduos isolaldos e descompromissados com as comunidades.

Mas certo é que os Povos Indígens não vão se render a essa discriminação e a essa marginalização.

Anônimo disse...

Mas, então o Decreto 7056/09 será modificado, mas nao será para arrumar a cagada em algumas regiões do Brasil ou, será somente, para desvincular uma unidade gestora da FUNAI para o MIC? Daqui ha pouco ele será modificado para vincular as CLTs às prefeituras JA QUE A GRANDE MAIORIA DELAS nao foram instaladas fisicamente.. nos memos molde da FUNASA

Anônimo disse...

VC AGOR É ADVINHO, COM CERTEZA ISTO É POLITICA DE ESTADO, VC ACHA QUE ELES QUEREM CONTINUAR MANTENDO A GAURDA DOS INDIOS.

Anônimo disse...

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior.

Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma pseudo-terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.

Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?!

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra, Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.

Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.

Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convicente de que o momento pede um pacto temporário, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!
REPASSEM SEM MODERAÇÃO
Obrigado. O Brasil precisa de você!

Anônimo disse...

Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia"
(por Rodrigo Constantino)


Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam (Edmund Burke)
Agora praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff polarizam as opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.
Os antigos atenienses tinham razão ao dizer que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum??
Existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável.

Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios os mais abjetos para tal meta. O PSDB tem mais limites éticos quanto a isso.

O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.

Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo! O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim ... Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme. O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Anônimo disse...

Anônimos das 18:47 e das 12:29,

Os submissos ao capital não querem manter guarda de nada, nem de indígenas e nem de recursos naturais,
querem fazer grana.
Política de Estado dependente e submissa ao capital é discriminatória, elitista e promotora de desigualdades sociais.
No Brasil ela tem prevalecido, em todos os governos, principalmente no atual, embora queiram fazer acreditar que não.
O movimento do Museu é reflexo de autoritarismo e elitismo,
igual ao Decreto.

 
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