sábado, 2 de abril de 2011

Será que a FUNAI vai ser entregue às ONGs?

É desanimador o resultado da recente enquete apresentada neste Blog, sob o título "O que pretende a atual diretoria da FUNAI?". Uma maioria expressiva de votos foi dado para os pontos que indicam uma desesperança com os rumos da atual direção da FUNAI em relação ao destino desse órgão indigenista.

Eis os resultados:

1. Revigorá-la e torná-la enxuta e eficaz ---------------------------    11%

2. Desestruturá-la para entregar suas funções às ONGs ..........     64%

3. Estimular o Governo a acabar com ela ................................  16%

4. Entregá-la para os índios ...................................................    3%

5. Esvaziá-la de seus propósitos ............................................     6%


Como se pode analisar, as questões 2, 3 e 5, que indicam negatividade de opinião sobre a atuação da atual direção da FUNAI, somam 86% dos votos! Já as questões 1 e 4, que indicam positividade, somam tão-somente 14%! O item sobre entregar a FUNAI aos índios foi solenemente ignorado! Ao que parece, ninguém acredita mais que a política indigenista deva um dia ser partilhada, se não dirigida, pelos índios! Quanto menos por parte dessa atual direção da FUNAI, que, ao contrário, burila autisticamente sua retórica de protagonismo indígena para o seu próprio e único beneplácito. Quer dizer, também para o beneplácito das ONGs que a apoiam.

A FUNAI atual foi tomada por um aziago mal-estar. Uma grande parte dos servidores mantém-se enfurnada em suas salas,  evitando participar das discussões e das dúvidas que estão rolando entre os índios que chegam a Brasília ou que estão em suas aldeias Brasil a fora. Esqueceram que são indigenistas e só nessa condição é que merecem o emprego que têm! Nas administrações regionais, nos extintos postos indígenas (atuais coordenação técnicas locais), exceto uma ou outra mais bem dirigida ou aquinhoada, reina a mais absoluta apatia e desorganização. Os comentários que surgem anonimamente neste Blog assim o demonstram. Os servidores e indigenistas que buscam participar e abrem-se para diálogos são observados por outros com ares de Joaquim Silvério dos Reis. Até nas fotos oficiais divulgadas pelos sites da FUNAI e de seus colaboradores, como uma recente reunião da CNPI, que aconteceu em Sobradinho, longe da própria sede do órgão, os ares carrancudos e atônitos de índios e dirigentes assomam funestos e macambúzios. O que passa pela cabeça dessa gente, perguntam leitores desses sites? Já os corredores da sede da FUNAI, antes tagarelas e brincalhões, lembram túneis invernais e mal assombrados, sem presença de vivalma, sem ruído de falas ou de cantorias. A FUNAI virou um labirinto burocrático sem alma. Alguém está vivo aí?

Por tudo isso, não surpreende o resultado dessa enquete.

O que surpreende é que o Governo faça vistas grossas diante de tudo isso, tal como até pouco tempo nem se incomodava com o que estava acontecendo em Jirau, Santo Antonio e São Domingos. Deixara tudo com os companheiros sindicalistas. Nem perde tempo sobre o que está acontecendo em Altamira!

Alô, alô, presidenta Dilma, olha aí o que está acontecendo em Altamiiiiiiira!!!!

Há um ar de indiferença e inércia diante dos problemas que estão afetando a sociedade brasileira, como se, de algum modo, deixando como está surgiria milagrosamente ou magicamente alguma solução. Pois bem, antes havia Lula, o mago, que podia a qualquer momento costurar uma saída, dizer uma palavra encantatória para uma assembleia de potenciais revoltados, que diluía um problema, desfazia uma quizumba, oferecendo uma promessa de conserto mais adiante. E assim ia. Tanto que a presença desconfortante de 500 índios acampados durante sete meses em frente ao Ministério da Justiça não deu em nada de mudança da FUNAI ou do famigerado Decreto de Reestruturação. Promessas ou compromissos feitos pelo próprio Ministro da Justiça não foram cumpridos pela atual direção da FUNAI, num desequilíbrio hierárquico inédito. Apenas, ao final, derrubaram com moto-serras as árvores frondosas, em frente ao MJ, que assombrearam naqueles meses as humildes barracas dos índios. O desprezo do Governo pelos índios, naquele momento, foi estonteante.

O que se pode esperar de tudo isso?

Não sei mais, talvez nada mais. A indiferença governamental deve continuar desassombrada, até que algo estranho venha a acontecer.

Entretanto, que fique para a história, ou ao menos para os arquivos, que o desfibramento do órgão indigenista, herdeiro sofrido e rebaixado da política de responsabilidade estatal que Rondon e seus companheiros estabeleceram para o Brasil ao longo de 100 anos, com pontos altos e pontos baixíssimos de luta e dignidade,  não está sendo feito sob a complacência da consciência crítica do indigenismo rondoniano e daqueles que confiam que o Brasil pertence aos que trabalham com dignidade e sonham com sua ascensão justa no mundo contemporâneo.

Nosso protesto a essa indiferença é radical, e tanto mais ainda quanto menos se recepcionar a dignidade político-cultural dos povos indígenas do Brasil.

34 comentários:

Anônimo disse...

A Fundação Nacional está literalmente liquidada.


Graças ao isa, cti, cimi e comissão nacional de política indigenista os índios observam a funai se esfarelar. Para quem podemos apelar? Só a DEUS!

Anônimo disse...

Entretanto, não acreditamos que essa discursão contribua o suficiente com as demandas que vem das comunidades que são atingidas por toda falta de compromisso dos governantes que insistem em praticar uma política anti- indígena e até incentivam a orquestração de grandes empreendimentos que afetam o bem estar dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, é um exemplo desse descaso.
A reestruturação do órgão indígena oficial não tem contribuído para diminuir o sofrimento dos povos indígenas no Brasil, tampouco na Amazônia. Com a edição do decreto nº. 7056 de 28 de Dezembro de 2009, acreditamos ter sido imposto pela FUNAI, sem o consentimento dos povos indígenas, o que desrespeita o artigo 231 da Constituição Federal e da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que asseguram aos povos indígenas o direito à consulta e ao consentimento livre, prévio e esclarecido sobre grandes empreendimentos que afetam seus territórios.
A criação das Coordenações Técnicas Locais – CTL, extinguindo as antigas administrações regionais, não possuem autonomia de gestão, política e administrativa. A COIAB tem recebido diversas documentações da sua base, denunciando os tristes episódios de descaso do órgão indigenista. No mês de fevereiro os Kayapó do Mato Grosso, fizeram um documento assinado por suas lideranças, pedindo a exoneração de Márcio Meira da presidência da FUNAI.
Enquanto a FUNAI segue desmantelada, no Vale do Javari após a extinção da antiga Administração Executiva Regional de Atalaia do Norte, aumentou consideravelmente as invasões de pescadores, caçadores e madeireiros. E isso tem se agravado em outras partes da Amazônia, quando no Maranhão, a falta de fiscalização das autoridades, a omissão e até mesmo a conivência de gestores públicos, atrelados à indústria madeireira e ao agronegócio em geral, permite que 90% da madeira que abastece o mercado consumidor, seja oriundo de Terras Indígenas e áreas de conservação.
A inoperância das agências governamentais na Amazônia Legal agrava a situação dos povos indígenas isolados. Nas áreas de perambulação dos mais de 60 grupos isolados, se multiplicam as práticas do agronegócio e colonização, bancadas pelo projeto de desenvolvimento do Governo Brasileiro, pautado no progresso a qualquer custo. Vivemos o descaso e abandono pelo Governo Brasileiro através da FUNAI que a cada dia vem piorando a nossa situação, seja fundiária, jurídica, e até mesmo cultural.
Por fim, viemos denunciar a criminalização e prisão arbitrária de lideranças indígenas que lutam especialmente pelos direitos territoriais de seus povos e comunidades. Solicitamos que o poder judiciário e a Polícia Federal respeitem as nossas lideranças enquanto guerreiros que lutam por seus direitos. Exigimos a punição dos mandantes e executores de crimes cometidos contra os povos e comunidades indígenas.
Para mudar essa triste realidade que atinge os povos indígenas, é necessário que haja um maior compromisso das pessoas e órgãos envolvidos no acompanhamento e na implementação de políticas publicas voltadas para as nossas comunidades.
Saudações Indígenas,
MARCOS APURINÃ
Coordenador Geral da COIAB

Anônimo disse...

CARTA Nº 070/SE/COIAB/2011
Manaus-AM, 28 de Março de 2011.

Ao Excelentíssimo Senhor
JOSE EDUARDO CARDOZO
Ministro da Justiça
Brasília/DF
Senhor Ministro,
A COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, organização representativa e articuladora dos Povos Indígenas da Região Amazônica, estende os cordiais cumprimentos dos povos indígenas amazônicos, nesta ocasião reunida em seu Conselho Deliberativo e Fiscal, para analisar a situação e atual conjuntara na qual vivem os povos indígenas nos últimos anos e considerando:
· A ausência dos povos indígenas nas tomadas de decisões e implementações das ações sobre os temas indígenas, em função da postura e conduta adotada pelos governos;

· Os conflitos gerados em vista de que o governo não toma em conta as propostas dos Povos indígenas;

· A dificuldade de acesso aos recursos e os benefícios apesar da quantidade de programas e montantes destinados aos povos indígenas;

· A complexidade em que estamos submetidos por jogos e interesses políticos e econômicos;

· A ameaça real a própria existência e continuidade dos povos indígenas tendo em vista a politica dos governos de integração, divisão e individualização da temática indígena.
Para aqueles que só pensam a política indigenista, é muito cômodo refletir de dentro de seus gabinetes, nas chuvas de ar condicionado, de Brasília.

Anônimo disse...

Senhor Marcos Apurinã,


Não seja covardão, porque você no seu documento não pede a exoneração imediata do márcio meira e de toda diretoria atual da funai? Porque vocÊ não faz isso? Tem medo do quê? O márcio meira te prometeu pagar as dívidas milionárias da coiab? Quem não deve, não teme.

Anônimo disse...

Uma das colegas nossas que é pregoeira chegou a passar mal no curso de pregoeiro em Foz por culpa do Sr. Hilder, ela teve um principio de AVC e o panaca fica pousando de todo poderoso dentro da FUNAI sede.

Anônimo disse...

Mas vem cá! falaram que a FUNAI reestruturada, mas me digam uma coisa, porquye sera que, novamente, os preogieos de Brasilai participam de congressos em Foz?
eles nao são piores que os outros que nao estiveram, desta vez, em Foz.
Digo pq sou pregoerio de uma unidade e nao fui convidado ou comunicado que a FUNAI estaria patrocinando.

Funai com decreto novo, nem tão novo, UM ANO E QUATRO MESES continua com os mesmo problemas, podemos alegar que o Decreto nao foi implantado totalmente.

Oh, pregoeiros de Brasilia nao tem dominio sobre outros Pregoeiros, só estão mais perto do Poder.
O nivel hierarquico de todos os Pregoeiros é o mesmo.
sõ, todos, subordinados ao Presidente da FUNAI.

aqueles que fazem mais cursos tem a capacidade de disernimento melhor do que aqueles que fizeram um curso online no COMPRASNET,

LAMENTAMOS e informamos que o Sr. Hilder ou Rilder, esteja contribuindo para que o Decreto de reestruturação seja implantado. se os puxas nao modificarem a postura, e contiunuar com os mesmos vicios anteriores ao Decreto, ele nao implacará mesmo..


Abraços

Anônimo disse...

para o S. Hilder, a viagem quase chegou a ser negada, mas o mesmo afirmou que era questão de honra, ele foi incluseive contra o comunicado da presidencia da repulica que trata referente viagem e para capacitação. o mesmo disse é uma questão de honra a viagem da equipe de brasilia.
tato que ele nem seu escodeiro gustavo não são pregoeiros e fizeram este passeio.

Anônimo disse...

Respondendo à pergunta do Mércio: Há mortos-vivos na Funai. Servidores que não sabem mais o que fazer, marasmo, desmobilização. Seja qual for a ideia por trás do decreto de reestruturação, a pergunta que não cala é: quem vai lucrar com isso? A quem interessa o sepultamento da Funai? Em algumas regiões remotas do país, servidores anônimos evitaram invasões de garimpeiros, missões estrangeiras, genocídio... Em vários momentos, a presença de um único solitário servidor fez toda a diferença. O silencioso desmoronar dessa estrutura parece servir a interesses maiores. A história deve identificá-los um dia.

Anônimo disse...

A política do governo Dilma é assim.
Rifar a Funai e tudo que é órgão público. Tudo pelo dinheiro. Quem ler o dossiê publicado na època dessa semana verá todos os mensaleiros ali (com provas e tudo). Na Funai não é diferente: quantos milhões desse Banco mundial com 99,9% para ongueiros, politiqueiros....

Anônimo disse...

A HISTÓRIA ATUAL PASSADA E FUTURA É MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS

A IDÉIA: ESTÃO À SERVIÇO...

Anônimo disse...

Professor, bom dia!

Eh, infelizmente, triste e esperada conclusão da enquete. O que podemos observar é que muitas lutas já foram travadas em todas as instâncias, com vistas á mudança do malfadado Dec.7056 e as instâncias que têm poder de revisão, como o MPF, simplesmente se calaram. É uma batalha inglória, difícil e gratificante!

Veja Belo Monte, veja Altamira. O que tem de Ong se armando prá ganhar dinheiro, é brincadeira. O que tem de Ong falando mal do governo, da Eletronorte, mas por outro lado, envia terceiros para firmar parcerias com a empresa, para que a Ong não apareça, é uma grandeza. Um monte de Ong, que diz defender os interesses indígenas, mas por outro lado, está sugando o dinheiro que o projeto está trazendo para a região. Coitados dos índios. "A barragem vai acabar com eles, só não pode acabar com a nossa ONG". O ISA, CTI, CIMI, tá todo mundo por aqui. Nada que uma cesta básica prá indio não resolva!

Este país, definitivamente, é uma piada ... de mau gosto.

Anônimo disse...

A FUNAI hoje encontra-se na UTI, breve sairá o enterro.

Anônimo disse...

Não sejamos ingenuos, colegas. Este é um assunto esgotado e saturado. Desde o apagar das luzes de 2009. E nada mudou. Não por falta de reaçoes, vide aí, colegas respondendo a processos administrativos porque deixaram públicas suas opiniões e agiram de acordo com elas. Maniifestações de todos, índios, servidores e sociedade. O que foi que mudou? Nada, para não dizer pn. E nem vai mudar, pois é assim que o Planalto quer. Nos Estados Unidos, o exército americano matou e tomou as terras e para não caracterizar que queriam mesmo dizimar, deixaram uns poucos em lugares chamados reservas e vigiados. É isso que está acontecendo por aqui. São madeireiros, mineradoras, usinas e o que ainda virá, que só Deus sabe. Entenderam ou será que ainda precisar ser desenhado? O desenho pra mim, está bem claro, veio em forma desse famigerado decreto, que me recuso a memorizar o número e data.

Anônimo disse...

Fico tão fora de mim, que no meu comentário acima esqueci de mencionar que estou falando dos índios, tanto nos EUA como os daqui, clientela nossa, mas acho que me fiz entender. Desculpem a minha falha, mas é indignação pura por não ver nenhuma luz a frente.

Anônimo disse...

http://www.blogdafunai.blogspot.com/
Isso é piada ........
Essa gente está brincando mesmo: Bolsa família, ? que mais? Bolsa desgraça?

segunda-feira, 4 de abril de 2011
CNPI tem compromisso de continuidade da Carteira Indígena
A Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) fechou a primeira reunião do ano com compromisso do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em dar continuidade ao programa Carteira Indígena, em parceria com a Funai. Essa foi uma das propostas discutidas na 16ª reunião da CNPI, que terminou nesta sexta-feira, 1º, com decisões e encaminhamentos que fortalecem a política indígena brasileira.
Outra questão tratada foi o Plano de Erradicação da Pobreza e Extrema Pobreza, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A CNPI solicitou ao representante da Secretaria Extraordinária de Erradicação da Extrema Pobreza, Cláudio Roquete, que o conceito fosse diferenciado quando se trata de comunidades indígenas. Para Francisca Pareci, “o que é pobreza para o branco não é pobreza para o índio. Estamos sendo levados para termos uma condição de vida igual ao do não-índio, enquanto nossos recursos naturais estão sendo violados gradativamente”.
O presidente da Funai e da CNPI, Márcio Meira, reforçou a necessidade da diferenciação, tendo em vista “o conceito de pobreza ter como base o padrão de sociedades ocidentais, o que leva, muitas vezes a identificar comunidades indígenas em situação de pobreza, quando nem sempre isso é real”. Roquete se comprometeu a marcar uma reunião da subcomissão de etnodesenvolvimento da CNPI com a secretária Ana Fonseca para tratar da questão.
Os representantes indígenas conseguiram ainda agendar uma reunião com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), órgão de assessoramento da Presidência da República, para discutir também as especificidades da alimentação indígena. O Consea anunciou que quer ter pelo menos 56 delegados indígenas participando do Conselho. Esse é o mínimo, mas o número pode ser maior. Cabe agora às organizações indicarem seus representantes.
Saúde – A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) adiantou à CNPI que todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) estarão prontos, e com autonomia, até 19 de abril. Márcio Meira disponibilizou as unidades regionais da Funai para dar o apoio necessário, dentro das possibilidades do órgão, para efetivação da política de saúde indígena. Sugeriu, ainda, uma capacitação conjunta dos servidores dos dois órgãos, no Centro de Formação da Funai, em Sobradinho (DF), com o intuito de colaborar nesse esforço.

Anônimo disse...

MINHA GENTE!

O MÁRCIO ESTÁ VIVENDO UMA REALIDADE QUE NÃO É A INDÍGENA VIGENTE.
OU ELE É LOUCO, OU MUITO CARA-DE-PAU.
NÃO É POSSÍVEL QUE ELE AINDA CONTINUA TENTANDO SUBMESTIMAR A NOSSA INTELIGÊNCIA............

Anônimo disse...

Não se fala mais em demarcação de Terra Indígena, muito menos da preservação da cultura indígena e de seus territórios.
Agora só jogo de cena, nada mais do que isto, tudo para não parar o que de verdade interessa, o PAC, desmobilizar a oposição ao PAC é a palavra de ordem, enquanto isto, o estrago é grande nas Terras indígenas.
O que vemos é que uma ou mais décadas de conquistas indígenas foram enterradas e, em seu lugar implatada uma politica de cooptação de algumas lideranças, em prol de um único objetivo, abrir em definitivo as terras indígenas, para o que chamam de progresso.
Recuperar vai ser pior do que o estrago feito até hoje, não há o que fazer é o fim de uma história.
Lamento ter um dia participado e não ter percebido o que estava acontecendo, perdão, foi mal...

Anônimo disse...

Muito interessante a colocação do Presidente da FUNAI em as CR AUXILAIREM NA IMPALANTAÇÃO DA SESIE, nem a nova extrutura da FUNAI foi Implantada... ria nao.. é pra chorar..

Mas ao Belo Monte
Padre nao rezou e OEA ensima missa ao vigario:
Onde está o Indigenismo Rodoniano???

A OEA também solicitou ao Brasil que, previamente às consultas, as comunidades indígenas tenham acesso ao Estudo de Impacto Social e Ambiental do projeto, "em um formato acessível, incluindo a tradução aos idiomas indígenas respectivos". Também fazem a ressalva que a consulta aos povos indígenas deve ser de "boa fé" e "culturamente adequada".

Anônimo disse...

O Marcio Custer Meira é contra a OEA, está apoiando o novo código florestal (que vai desgraçar mais a vida dos índios.

Atenção Ministro da Justiça, coloca a Maria do Rosário na presidência da Funai antes que esse Márcio Meira acabe com o último índio vivo brasileiro !!!

Anônimo disse...

A cara de Pau não tem fim...Pasmem: site da Funai de hoje:

Site da Funai de hoje: Nota sobre as medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA

Após tomar conhecimento das medidas ... Funai vem a público esclarecer sua atribuição no processo de licenciamento da Hidrelétrica de Belo Monte, cujo objetivo é garantir os direitos fundamentais, a qualidade de vida e a integridade dos povos indígenas afetados pelo empreendimento. Prova do incontestável papel da Funai na defesa dos povos indígenas é a alteração do projeto, que nos estudos de ...
As TIs impactadas são ocupadas por um conjunto de povos indígenas diferentes uns dos outros.
As informações sobre o projeto foram prestadas aos povos indígenas por meio dessas reuniões nas aldeias, bem como pela realização de quatro audiência públicas. A esse respeito, vale esclarecer que, em setembro de 2009, foram realizadas audiências publicas nas cidades paraenses de Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém, atraindo cerca de 8.000 participantes, dos quais mais de 5.000 em Altamira, dentre eles, aproximadamente, 200 eram representantes indígenas.....Deve-se destacar que o processo de participação das comunidades indígenas se deu durante todo o processo de desenvolvimento dos estudos do componente indígena, inclusive nas reuniões finais e também nas audiências públicas. Nas atas apresentadas juntamente com o parecer constata-se que as comunidades foram ouvidas pela Funai durante a fase de consultas prévias para análise do componente indígena do projeto.... região permanecerá sob fiscalização das equipes da Frente de Proteção Etnoambiental Médio Xingu/Funai e a restrição não se aplica às Forças Armadas e Policiais, no cumprimento de suas funções institucionais, cujo ingresso, locomoção e permanência na área aqui descrita, deverá ser sempre acompanhada por funcionários da Funai.
......Pode-se citar, para exemplificar, os programas que levarão em consideração o atendimento ao componente indígena. São eles: o Programa de Saúde e Segurança, Programa de Livre Acesso, Programa de Monitoramento e Manejo da Flora, Plano de Comunicação e Interação Social, Programa de Educação Patrimonial, Programa de Educação Ambiental, Programa de Conservação da Ictiofauna e Plano de Saúde Pública.
.... como parte da concessão da licença parcial de instalação, o empreendedor se vincula a diversas obrigações no intuito de preservar os interesses indígenas e garantir que os povos estão sendo ouvidos.
.... (PBA) voltado a estas comunidades, com a participação delas. Enquanto o PBA ainda não está pronto (conclusão prevista para o primeiro semestre de 2011), vem sendo implantado um programa emergencial, além de programa de comunicação voltado às comunidades indígenas, já iniciado, ambos de responsabilidade do empreendedor.

O BERRO da Formiga disse...

Meu caro, essa enquete mostra apenas quem são a maioria de seus leitores e a quem suas idéias agradam. Eu sentiria vergonha desse resultado.

Anônimo disse...

Esperar o que desse "reaça" Berro da Formiga que segue até o Coturno Noturno (blog) que pretende uma nova ditadura.
Ora os leitores desse blog do Dr. Mércio são indigenistas, antropólogos,ambientalistas, juristas, estudantes, críticos de um sistema injusto e desleal que estamos passando.
Se fosse realizada uma pesquisa nacional (através de um instituto sério)com certeza teria o mesmo parâmetro.
Duvidosa são as pesquisas tendenciosas dos sites da Globo, UOL, etc e tal que são veículos concessionários do Governo.
"Se liga formiga!!!!

Anônimo disse...

Em resposta ao berro da formiga que diz no dia 06 de abril de 2011, às 19:20, “Meu caro, essa enquete mostra apenas quem são a maioria de seus leitores e a quem suas ideias agradam. Eu sentiria vergonha desse resultado”. Vocês têm é que sentir vergonha mesmo, tudo isso é resultado de má gestão e retrata justamente o que tanto querem esconder. Quem tem que sentir vergonha é vocês pela forma de tratar e enganar os índios de boa fé. Quando estamos certos amigos e criticamos algo, não deveria usar o mesmo método. Isso é sinal de que acompanham e gostam o Blog que ora critica. Vocês sabem que estamos certo e o digno seria reconhecer o erro, muito simples, isso sim seria uma atitude admirável no meio de tanta insensibilidade e irracionalidade. Vergonha não é reconhecer o erro e sim continuar nele.

Anônimo disse...

Dia 19 de Abril, nós vamos comemorar o Dia do Índio ou o dia do Meira?.Não é possível esse quadro hoje existente na FUNDAÇÃO NACIONAL DO MEIRA.

Anônimo disse...

A coisa está feia:

Faço uma sugestão ao dono deste blog que retome o tema Belo Monte.
Independente das críticas, o CIMI continua apoiando essa luta em favor dos indígenas. http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5442&eid=293 e http://www.youtube.com/watch?v=zdLboQmTAGE
Enquanto isso o Custer Meira diz que está tudo bem, que os índios foram ouvidos e que Belo Monte vai sair de qualquer jeito.
O General Custer também não permite que qualquer técnico da Funai comente sobre as mudanças do Código Florestal.
Talvez, esse empreendimento, de puro interesse econômico, seja um marco histórico para o indigenismo brasileiro. De um lado um governo forte e aliado com que tem de pior na política nacional tentando impor força contra os índios que, desta vez, nem a Funai está a seu favor.

É uma verdadeira batalha sangrenta e desleal onde já sabemos que serão as vítimas !!!!
Que Deus proteja os Povos Indígenas brasileiros que foram condenados pela estupidez gananciosa dessa gestão da Funai.

Anônimo disse...

http://noticias.uol.com.br/politica/2011/04/07/jobim-diz-que-criticas-da-oea-foram-motivadas-por-grupos-contrarios-a-belo-monte.jhtm

“Portanto, a OEA vá cuidar de outros assuntos. Não este”. Jobim disse que a manifestação intempestiva da comissão da OEA “não se processualizou". "Apareceu na OEA. E, como apareceu, foi devolvida”, concluiu o ministro.

Anônimo disse...

MEU MEDO É SABER QUE O IVO CASSOL É O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE BELO MONTE. Senador Cassol é eleito para subcomissão de fiscalização de Belo Monte O QUE ELE FEZ EM JIRAU VAI FAZER AQUI EM BELO MONTE, FORÇAR AS EMPRESAS COMPRAR MADEIRAS DAS SERRALHERIAS DELE, TOTALMENTE MADEIRAS SEM FISCALIZAÇÃO

Anônimo disse...

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2011/04/08/interna_brasil,246864/prioridade-energetica-do-brasil-e-construcao-de-belo-monte-diz-ministro.shtml

A maior preocupação do Brasil na área energética atualmente é a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu (PA), afirmou hoje (8) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o país terá 20 anos para dobrar o potencial de energia produzido hoje.

Sobre a acomodação das famílias que moram ao longo da área definida para construção da Usina Belo Monte, ele afirmou que "tudo será feito no seu tempo. “A cidade de Altamira, no Pará, passará por grande desenvolvimento em consequência da construção da barragem e toda a região será beneficiada com o projeto", afirmou.

O ministro de Minas e Energia lembrou que as construções de muitas usinas hidrelétricas já foram paralisadas no país, por questionamentos na Justiça. Ele acredita que, com Belo Monte, a tendência é que isso também ocorra. "O caminho no entanto é que ela seja construída, pois seria necessário inundar o Nordeste do país inteiro para alcançar a mesma produção que Belo Monte pode fornecer", disse Lobão

Anônimo disse...

Nossa....tá tão cansativo falar desta nova Funai. Nada muda.

Eles estão vendendo a mãe pra permanecer. Virou "questão de honra".

O BERRO da Formiga disse...

Caro anônimo, o blog do Mércio é público, assim como o meu humilde blog e portanto, nada me impede de vir aqui ler o que ele escreve. Na verdade, até venho pouco e gostaria de poder acessar com maior frequencia, pois além de poder ler umas poucas vezes algumas posições com as quais concordo, aqui eu fico sabendo qual é a posição das ONGs em relação a questões indígenas. Meu caro anônimo, eu não sou indigenista, nem antropólogo, nem jurista, sou apenas alguém que tem um posicionamento diferente do seu, do Mércio e da maioria de seus leitores quanto a essa temática, por ter convivido um tempo razoável com índios e de ser casado com uma descendente indígena. Sou apenas um cidadão preocupado com essa questão, mas que não vê o indígena como um animal de laboratório para ser usado em experiências sociológicas ou que deva ficar trancado em um zoológico humano e sinto-me demais incomodado por vê-los sendo manipulados. Mas, como você, também sou crítico de um sistema injusto e desleal para com os índios, porém, na minha opinião, são vocês, supostos "intelectuais", que enganam índios de boa fé usando-os como massa de manobra e a serviço de diversos interesses de ONGs. Quanto ao termo "reaça" e "que pretende um nova ditadura", ele apenas escancara um pouco mais de SUA ideologia, adoradora de ditadores, e de sua ignorância; reacionário é aquele que tem reação, é aquele que reage, aquele que não é um dócil cordeirinho a ser manipulado como o protótipo típico e ideal que vocês tanto gostam, daí o ódio. E nesse sentido espero que um dia os indígenas desse Brasil também o sejam. Mas que não seja tarde demais.

O BERRO da Formiga disse...

Em tempo; numas das raras vezes em que concordo com a posição do Mércio, eu votei no ítem 4. E você, caro anonimo, votou no ítem 2 ??

Anônimo disse...

Paquiderme I - ainda tem servidor corajoso. um desses, por sinal concursado do último concurso, escreveu um email muito interessante, analisando um tal memo circular da Diretoria de Promoção Social.

Anônimo disse...

O anônimo poderia divulgar o conteúdo desse e-mail? Creio que todas as arbitrariedades dessa gestão devem ser divulgadas. Só assim poderemos provar a nível de crueldade contra os Povos Indígenas dessa Gestão do Custer Meira...

Anônimo disse...

Quem sabe haverá uma luz no fim do túnel...
Em sessão de homenagem aos índios, senador propõe substituir Funai por secretaria

O Senado Federal promoveu nesta segunda-feira (18) uma sessão especial para celebrar o Dia do Índio, que é comemorado no dia 19 de abril. Durante a sessão, presidida pelo senador Wilson Santiago (PMDB-PB), os parlamentares ouviram queixas quanto ao descaso do governo para com a população indígena. O senador Vicentinho Alves (PR-TO), que requereu a solenidade, sugeriu a criação de uma secretaria para substituir a Funai.
Várias lideranças indígenas condenaram a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai), iniciada em 2009, com a extinção de postos indígenas nas aldeias. A própria ausência do presidente do órgão, Márcio Meira, foi alvo de críticas dos índios e dos senadores Vicentinho Alves e Paulo Paim (PT-RS).

O índio Ivan Xerente, do Tocantins, disse que nada está funcionando com o início da reestruturação da Funai e advertiu: "nosso povo está morrendo" por descaso do governo. Jeremias Xavante, de Mato Grosso, afirmou que a reestruturação da Funai, em vez de melhorar o órgão indigenista, trouxe retrocesso.

Secretaria

Por considerar esgotado o modelo de ação da Funai, o senador Vicentinho Alves propôs a criação da Secretaria Nacional dos Povos Indígenas, ligada à Presidência da República, à semelhança das secretaria da Mulher e da Igualdade Racial.

De acordo com Vicentinho, essa secretaria coordenaria todas as ações governamentais na área, atualmente a cargo de órgãos diferentes, como a própria Funai, vinculada ao Ministério da Justiça, e a Secretaria Nacional de Saúde Indígena, vinculada ao Ministério da Saúde. O parlamentar culpou o desencontro entre esses órgãos por problemas na assistência aos índios.

Demarcação

Vicentinho disse que antes da chegada dos portugueses viviam no Brasil cerca de 5 milhões índios. Hoje, o país tem apenas 460 mil, distribuídos entre 225 comunidades.

Conforme o parlamentar, das 671 terras indígenas identificadas no país, apenas 449 foram demarcadas, apesar de os prazos legais para demarcação já se terem esgotado há quase dez anos.

O senador disse que uma secretaria específica para a questão indígena, com status de ministério, poderia acelerar esse processo de demarcação e dar mais eficácia às ações governamentais de proteção ao índio.

Djalba Lima / Agência Senado

 
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