Em carta dirigida ao ISA os índios Kayapó do Mato Grosso, AER Colíder, desapontados com o comprimisso daquela Ong neoliberal com a Usina Belo Monte, onde já fizeram escritório na cidade de Altamira, rompem com um possível acordo que estava-lhes sendo sugerido pelo ISA no sentido de favorecer direitos sobre suas terras para negociação de "Crédito de Carbono".
Ao mesmo tempo, cientes do que está acontecendo em Altamira, especialmente em relação à extinção da AER Altamira, quando os índios que vivem naquela região ficarão à mercê de 96.000 peões que para lá virão, os Kayapó prometem ajudar manifestando-se contra o decreto da reestruturação da Funai.
PÓS-ESCRITO
Sábado, 13:00
A carta dos Kayapó foi respondida pelo ISA através de um dos seus coordenadores, aí abaixo.
Nela o ISA tenta reverter a opinião dos Kayapó sobre seu comportamento, atribuindo a "fofocas" a visão que os Kayapó têm do ISA e consequentemente seu rompimento.
Em relação à usina Belo Monte, o ISA declara que sempre foi contrário e que ajudou aos Kayapó em diversos momentos e manifestações, e que criou um escritório em Altamira para apoiar o movimento contrário. A coincidência desse escritório com a extinção da Administração REgional de Altamira não passou despercebida dos Kayapó. O fato dos Kayapó nunca terem tido aproximação com o ISA até agora é conhecido por todos os indigenistas.
A carta do ISA foi considerada pelas lideranças Kayapó como "punutire", isto é, "muito ruim".
A intenção maior do ISA era levar os Kayapó para uma reunião em Cuiabá no final de março onde o ISA e outras Ongs, como o Conservation International (na carta do ISA mencionada como CI) e a Environmental Defense Fund, pretendem comprometer os índios que compõem o Parque Indígena do Xingu e as terras Kayapó e Panará -- cerca de 14 milhões de hectares numa área só -- ou o tamanho do estado do Paraná -- em acordos de "Crédito de Carbono". Há pelo menos um ano e meio o ISA vem tentando persuadir diversos povos xinguanos a entrar nessa jogada. De acordo com a carta do ISA eles seriam só "facilitadores" desses acordos, não mencionando quanto receberiam por seus serviços. Essas Ongs querem servir de "facilitadores" ou, em inglês, "brokers" (mais forte e mais como intermediário ou agente) para colocar os índios e as terras indígenas no mercado de troca de carbono.
É preciso esclarecer que tudo isso vem sendo feito com extrema discrição, se não segredo. O governo brasileiro nem é informado sobre essas intenções, embora a atual direção da Funai esteja comprometida com isso até formalmente por convênio. O meio institucional para estabelecer acordo com terra indígena é uma espécie de programa de troca ou mercado de troca, criado por ongs ambientalistas, conhecido pela sigla REDD, programa este que não foi aceito nem acatado pelo governo federal, muito menos discutido pelo Congresso Nacional, pelo qual uma determinada área protegida, em especial indígena (embora terra indígena seja considerada terra da União), receberia dinheiro ou fundos de empresas que emitem dióxido de carbono na atmosfera e recompensariam essas emissões pagando quem não emite, ou quem ajuda a absorver essas novas emissões. Quer dizer, a poluição continua mundo afora, mas os poluidores pagariam por isso. As Ongs acham isso o filé mignon do novo ambientalismo mundial e querem que os índios se comprometam com essa farsa!!
A carta do ISA recende a ressentimento e a arrogância. Os dois últimos parágrafos exalam soberba e desrespeito ao povo Kayapó.
Eis a carta na íntegra.
Esclarecimento final: lideranças Kayapó autorizaram nosso Blog a publicar ambas as cartas.
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São
Paulo, 05 de fevereiro de 2010,
Ao povo
Mebengokre,
Prezados,
Acusamos recebimento de correspondência em nome dos
Mebengokre, assinada por algumas de suas lideranças, informando cancelamento da
participação dos Mebengokre na reunião sobre créditos de carbono prevista para
final de março, justificando esta decisão por terem ouvido falar que o
ISA está defendendo a Usina de Belo Monte.
Só podemos lamentar que um decisão tão importante como esta
esteja sendo tomada em cima de fofoca e não está considerando a história de
luta real do ISA junto com os povos indígenas e com outras populações que se
sentem ameaçadas por esta obra. Sempre apoiamos as manifestações de vocês em
relação a Belo Monte, em 1989 em Altamira, em 2008 novamente em Altamira, em
2009 no Piaraçu e Brasília e mais recentemente na articulação de Raoni com
Sting, que resultou na ampla divulgação na mídia da indignação
de vocês com o fato da FUNAI ter aprovado a obra sem fazer uma consulta aos
índios, desrespeitando a legislação.
Temos feito muitas outras coisas junto com o Movimento Xingu
Vivo para Sempre, que reúne várias organizações e movimentos da região do
Xingu. Buscamos de todos os meios interferir no processo de licenciamento e nas
consultas públicas de maneira assegurar a manifestação e respostas as
preocupação das populações afetadas pela obra, subsidiamos o Ministério Público
em diversas ações judiciais que questionaram o licenciamento da obra e estamos
nos preparando para entrar com uma ação em fóruns internacionais contra o
governo brasileiro por desrespeitar tratado internacional (convenção 169) que
obriga a realização de consultas prévias e informadas à populações indígenas
quando afetadas por obras públicas.
Nós estamos lá em Altamira com um pequeno escritório e uma
pequena equipe acompanhando e participando das discussões e manifestações, no
dia a dia da luta. Lembrem-se que os
principais impactos dessa obra irão ocorrer na região no entorno da
cidade de Altamira. Nesse exato momento os povos indígenas da região de
Altamira estão se manifestando contra o licenciamento de Belo Monte. Só podemos
acreditar que a fofoca que vocês escutaram de que o ISA está apoiando Belo
Monte, além de muito maldosa, quer
confundir, criar confusão e enfraquecer a luta. Não existe qualquer documento ou manifestação de
pessoas do ISA apoiando a
construção de Belo Monte. Portanto, essa acusação é uma grande mentira e quem
acha que não, que prove.
A reunião sobre crédito de carbono prevista para final de
março, tem como objetivo discutir
a viabilidade, a oportunidade para elaboração de um projeto conjunto de gestão
territorial entre os parentes do PIX, Panará e os Mebengokre, visando o mercado de carbono. O ISA tem
atuado junto com a CI como facilitador deste processo de discussão. A decisão
desta iniciativa e se vai existir
ou não um projeto é de voces e não do ISA ou da CI. Portanto, achamos que vocês não deveriam cruzar dois
assuntos diferentes ( carbono e Belo Monte), eles podem andar juntos. Ou seja,
nada impede os Mebengokre de continuarem o processo de discussão sobre créditos
de carbono, até mesmo sem o ISA, se assim desejarem, e ao mesmo tempo
continuarem a luta em relação a Belo Monte.
Esperamos que as lideranças Mebengokre reflitam melhor e não se deixem levar por fofocas
sem fundamento. Estamos à disposição para qualquer outro esclarecimento.
Atenciosamente,
André Villas-Bôas – Coordenador do programa Xingu do ISA
38 comentários:
Dois comentários muito bons... Graças a Deus que os índios Kayapó estão ACORDANDO/ABRINDO OS OLHOS e descobrindo a realidade em relação a ONG/ISA. Que vergonha! Que caos!
Uma completa falta de respeito... Aonde vamos parar??? Até quando???
Vamos nos unir minha gente e ficarmos juntos dos oito Kaingang que estão acampados em frente ao Ministério da Justiça... Eles precisam de nosso apoio, nossa solidariedade. Não deixemos que eles façam suas manifestações solitariamente... Tomara que o CARNAVAL não consiga CEGAR as pessoas...
Enquanto isso, na Funai:
Tudo como dantes no quartel do General Márcio Custer Meira, inimigo dos povos indígenas. A irmã da chefe de gabinete do presidente é chefe do recém criado gabinete da ex-diretoria de Assistência. Arrogância e prepotência.... tal e qual.....
A polícia continua aqui para intimidar, prender e bater em índios (se for preciso) !!!
Estrategicamente, sem proporcionar um plano de carreira, o governo mantém os servidores da Funai com receio, no meio de uma “dança dos DAS” – quem ganha e quem perde. Para alguns significa poder, para outros, determina o almoço, a escola dos filhos, o local onde mora, enfim...
A presidência da Funai joga, tenta (quase sempre consegue) comprar até a alma das pessoas com esse inferno chamado DAS.
Sonho com um momento que inexistirão essas funções.
* Isonomia no executivo - uma das minhas utopias quando, de forma idiota, “bandeirava” pelo PT.
As matrizes salariais da Funai possuem diferenças gritantes. Por exemplo, um antropólogo DAS-4 ganha 8 mil e pouco, mais casa e privilégios; um antropólogo com contrato temporário de 4 anos, recebe +- 8 mil e, finalmente, o antropólogo “barnabé” recebe líquido 3 mil e 400 reais. Os dois primeiros são reféns de medo de perder “a boquinha” (maioria são do CTI e ISA). É isso, por hoje.
Ocorre que faltam 10 meses para que esses mendigos de funções, picaretas e pilantras saiam daqui !!!
Graças a Deus : O tempo está a favor do indigenismo brasileiro!!!
Com toda a certeza. Nosso Pai Celestial não dorme, enquanto precisarmos dele.
Infelizmente algumas pessoas hoje em dia ganham poder e não sabem exercê-lo da melhor forma, esquecem-se que quanto maior o poder, maior a responsabilidade em mãos, não basta assumir a gerência de determinada empresa ou outro cargo que se assemelhe a isso e sair instituindo regras a torto e a direita. Tem que se haver um planejamento se possível com as pessoas que estão ao redor, saber se a instituição dessas regras não irá afetar o ambiente antes de harmonia e transformá-lo num verdadeiro inferno, recheado de picuinhas e fuxicos.
Poder (do latim potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.
A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. Existem, dentro do contexto sociológico, diversos tipos de poder: o poder social, o poder econômico, o poder militar, o poder político, entre outros. Foram importantes para o desenvolvimento da atual concepção de poder os trabalhos de Michel Foucault, Max Weber,Pierre Bourdieu
Dentre as principais teorias sociológicas relacionadas ao poder podemos destacar a teoria dos jogos, o feminismo, o machismo,o campo simbólico o especismo etc.
A política define o poder como a capacidade de impor algo sem alternativa para a desobediência. O poder político, quando reconhecido como legítimo e sancionado como executor da ordem estabelecida, coincide com a autoridade, mas há poder político distinto desta e que até se lhe opõe, como acontece na revolução ou nas ditaduras
Belo Monte. Por que insistir nesse tema?
Quem acompanha com freqüência o sitio do IHU percebe que o tema acerca da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte é recorrente. Ele ocupa importante espaço nas Notícias do Dia e foi alvo de várias entrevistas publicadas no espaço Entrevista do Dia.
Alguém pode se perguntar: Por que insistir tanto nesse tema? Belo Monte é relevante porque reúne elementos da área econômica, social e ambiental. É a maior obra do PAC, envolve interesses de grandes grupos econômicos (empreiteiras, bancos e fundos de pensão); relaciona-se diretamente com o urgente tema da ecologia – a obra destruirá parte da natureza intocável e de rara beleza e afetará o ecossistema na região), e atingirá povos ribeirinhos e populações indígenas, obrigando-os ao deslocamento.
Porém, mais do que tudo isso, Belo Monte é importante porque revela determinada concepção de desenvolvimento. A grande questão posta hoje é que tipo de crescimento econômico queremos? A voracidade por energia está associada aos padrões sempre crescentes de produção e consumo. O mundo necessita sempre mais de petróleo, carvão, gás, eletricidade, energia nuclear e agora biocombustíveis. A nossa civilização centrada no petróleo, e podem-se acrescentar aqui as megas hidrelétricas e usinas nucleares, não se justificam mais, são tributárias de uma sociedade que está ficando para trás.
A humanidade está passando da era do petróleo para uma era em que a produção de energia se dará em escala descentralizada e com impactos menores sobre o ambiente. A nova economia tendo como paradigma a Revolução Informacional está deixando para trás a Revolução Industrial. “Belo Monte não agrega novas tecnologias, não embica o país para o futuro. É uma obra de cimento e aço, típica do século que passou”, afirma Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil.
Esse é o erro de uma obra como Belo Monte. O Brasil em vez de assumir a vanguarda no processo de descarbonização da economia – considerando-se sua fantástica biodiversidade –, investe em matrizes superadas, grandes hidrelétricas como as do Rio Madeira e de Belo Monte. Essas grandes obras implicam em grandes inundações de terras, em significativos deslocamentos de pessoas e em devastação ambiental gigantesca e sucessivos apagões. O futuro das novas matrizes energéticas está na descentralização, em que a energia consumida será diretamente produzida no local de produção, reduzindo a concentração em mega centrais energéticas.
Há ainda outro problema manifestada pelo gigantismo de Belo Monte. Por muito tempo, inclusive na esquerda, acreditou-se que o crescimento econômico seria a varinha de condão para a resolução de todos os problemas. Particularmente da pobreza. A equação é conhecida. O crescimento econômico produziria um círculo virtuoso: produção-emprego-consumo. Porém, o axioma de que apenas o crescimento econômico torna possível a justiça social não é verdadeiro. Será que o grande projeto brasileiro é transformar todos cidadãos em consumidores.
É preciso complexificar o debate. O debate sugerido, a partir do princípio da ‘ecologia da ação’ recomenda que devemos construir uma sociedade que seja sustentável com a natureza, às necessidades humanas presentes e futuras, com uma ética solidária, definidas desde os setores populares, tendo como fim a construção de uma sociedade baseada em valores da solidariedade, liberdade, democracia, justiça e equidade.
Postado por Cesar Sanson
Por favor, recorte e cole a carta abaixo e envie-na para os endereços das autoridades: Isso lhe tomará apenas alguns minutos e será importante para a luta em defesa dos direitos dos povos que vivem no Xingu. Emails: gabinete@planalto.gov.br gabinete@mme.gov.br, carlos.minc@mma.gov.br, roberto-messias.franco@ibama.gov.br
Cc: deborah@pgr.mpf.gov.br, jose.coimbra@mme.gov.br, secex@mme.gov.br, see@mme.gov.br, ouvidoria.geral@mme.gov.br, vitor.kaniak@ibama.gov.br, izabella.teixeira@mma.gov.br, rbja@fase.org.br
Ao Sr. Presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva
Ao Sr. Ministro de Energia Edison Lobão
Ao Sr Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc
Ao Sr. Presidente do IBAMA Roberto Messias Franco
Cc: A Subprocuradora geral da Republica sra Débora Duprat
Ao Secretário-Executivo do MME Márcio Pereira Zimmermann
Ao Chefe de Gabinete do MME José Antonio Corrêa Coimbra
A Secretaria Executiva do MMA Izabella Mônica Vieira Teixeira
Ao Secretario de energia Elétrica do MME Josias Matos de Araujo
Ao Chefe de Gabinete do IBAMA Sr Vitor Carlos Kaniak
Prezados/as senhores/as,
Vimos por meio desta manifestar nossa extrema preocupação com a decisão deste governo de construir a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, bem como nossa indignação com o processo de exclusão da sociedade civil no debate, e o que é mais grave, a exclusão dos que serão diretamente impactadas pela construção da Usina,a que estão submetidas as populações da Bacia do rio Xingu, que serão diretamente impactadas pela construção da Usina. Nos preocupa, em especial, a desconsideração, por parte desse governo, das conclusões do parecer do IBAMA, uma peça fundamental deste processo que deveria, mas não está sendo disponibilizada no site do órgão como parte do processo de licenciamento ambiental de Belo Monte. Neste parecer, técnicos do IBAMA afirmam que, em vista do prazo estipulado pela Presidência, não puderam aprofundar diversas análises, como, por exemplo, as referentes a questões indígenas e as contribuições das audiências públicas. Também afirmam que os estudos apresentados não apresentam informações que concluam acerca da manutenção da biodiversidade, a navegabilidade e as condições de vida das populações do trecho da vazão reduzida. Igualmente, os impactos decorrentes do afluxo populacional não foram dimensionados a contento.
Também as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de
Atenciosamente,
Especialistas, que reúne pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam a inviabilidade econômica do projeto, seu impacto negativo sobre a população indígena e ribeirinha e o caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população atingida e pela subestimação da Área Diretamente Afetada. Esses mesmos estudos revelam os impactos sobre peixes e fauna aquática apontando a possibilidade de extinção de espécies e as emissões de grandes quantidades de gases de efeito estufa.Exigimos uma posição ambiental e socialmente responsável dos órgãos de planejamento, controle e gestão ambiental do país, que deveriam proteger nossos rios e seguir o que estabelece nossa Constituição no que se refere à realização de consultas informadas e de boa fé às populações indígenas afetadas pelo projeto e debate ampliado com toda a sociedade. No entanto, o que vemos é a defesa e o apoio desses órgãos à construção de um projeto tão impactante como Belo Monte.Por isso, apoiamos a demanda dos povos da Volta Grande do Xingu para que no lugar da construção dessa grande represa, seja priorizada a consolidação do projeto de agricultura familiar nessa região, iniciado nos anos 1970, através do ordenamento fundiário e ambiental, da infra-estrutura para os assentamentos, da recomposição do passivo ambiental, da melhoria da qualidade de vida dos moradores das áreas rurais e urbanas, assim como a implementação das Reservas Extrativistas.Em respeito aos direitos das populações da Bacia do Xingu, exigimos que NÃO SEJA CONCEDIDA A LICENÇA PRÉVIA PARA O PROJETO DE BELO MONTE. Estamos em aliança com os povos do Xingu nessa causa e contra todo e qualquer projeto que ameace a preservação da Amazônia e das futuras gerações.
http://www.youtube.com/watch?v=b-wx5jocY1g
http://www.youtube.com/watch?v=KcgT2iCgwgs
MPF responde nota da AGU sobre caso Belo MonteO Ministério Público Federal no Pará divulgou, nesta quarta-feira (3/2), texto em resposta à nota pública em que a Advocacia-Geral da União afirma que poderá recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público e ajuizar ações de improbidade contra os responsáveis pelo ajuizamento das ações referentes à Usina de Belo Monte.
De acordo com a AGU, a licença-prévia, que autoriza leilão para construção da usina, foi emitida nesta segunda-feira (1º/2). Porém, segundo o órgão, antes mesmo que seus fundamentos fossem conhecidos e analisados, membros do MPF no estado do Pará anunciaram que vão pedir a anulação da licença e pretendem processar os técnicos do Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama) que assinaram o documento.
Na nota, a AGU também defendeu que ações infundadas movidas contra os agentes públicos serão rebatidas, inclusive por meio de representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que é o órgão de controle dos membros do Ministério Público.
Já o MPF registra que tais críticas, em tom ácido, “parecem desprezar que um Estado democrático”. Registra também que “ao contrário do que faz parecer a nota divulgada pela Advocacia-Geral da União, nenhum juízo de valor definitivo foi externado pelos membros do MPF, quer quanto ao comportamento de servidores públicos federais, quer quanto ao teor da recém-divulgada licença de instalação concedida pelo Ibama”.
Ainda segundo o MPF, É necessário que a sociedade brasileira efetivamente veja suas instituições públicas funcionando, com o MPF exercendo sua função de fiscal da atividade estatal, com o Ibama velando por um licenciamento adequado e com a AGU atuando na defesa do Estado brasileiro, todos de forma responsável, sem incidir no risco da prematura condenação quanto às críticas aos atos administrativos.
Leia a íntegra da nota
"A pretexto de posicionar-se quanto ao licenciamento prévio concedido para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a Advocacia-Geral da União divulgou nota pública em que aponta desvio de conduta na atuação do Ministério Público Federal no Estado do Pará.
Tais críticas, em tom ácido, parecem desprezar que um Estado democrático não se constrói com base na coerção, direta ou velada, provenha ela de onde vier.
O embate de ideias e o debate quanto à extensão da proteção constitucional ao meio ambiente e ao patrimônio público, bem como a obrigação do Estado brasileiro de proteger minorias étnicas e sociais são temas que não se amoldam a discursos fáceis ou a arroubos de estilo.
Desde 1997, o MPF vem acompanhando e abertamente discutindo as várias questões sociais, ambientais e patrimoniais que se inserem no complexo projeto da Hidrelétrica de Belo Monte e sobre elas nunca se furtou ao cumprimento de suas funções.
Ao contrário do que faz parecer a nota divulgada pela Advocacia-Geral da União, nenhum juízo de valor definitivo foi externado pelos membros do MPF, quer quanto ao comportamento de servidores públicos federais, quer quanto ao teor da recém-divulgada licença de instalação concedida pelo Ibama. E mais, a posição até aqui externada não se baseia em “postura preconceituosa, precipitada e desprovida de análise técnica e jurídica consistente”, e, sim, no desenrolar de uma análise impessoal, objetiva e cuidadosa, resultado do acompanhamento por quase treze anos de inúmeras discussões que vem sendo travadas e da qual participaram diversos membros do MPF e suas instâncias internas de coordenação e revisão. Não há, então, nem mesmo resquício da quebra da impessoalidade e da isenção que se exige dos agentes públicos.
Tal constatação, todavia, não afasta alguns fatos concretos:
1 - em diversas oportunidades, quer em juízo, quer administrativamente, o MPF deixou claro que vários vícios procedimentais estavam sendo praticados (tais como a realização meramente formal de audiências públicas, que, na forma como conduzidas, obrigariam um ribeirinho atingido pela obra a se deslocar de 200 a 255 quilômetros para falar por, no máximo, três minutos) e que tais erros implicariam na nulidade da licença que viesse a ser concedida;
2 - ainda durante a fase de análise do licenciamento, o MPF sustentou (e continua a fazê-lo) que estudos que seriam necessários para a análise prévia não poderiam ser postergados e, portanto, se era obrigação, por exemplo, estudar os impactos da obra sobre a população ribeirinha como um dos elementos do diagnóstico do Estudo Prévio de Impacto Ambiental, não poderia a licença prévia transformar tal obrigação em condicionante, jogando para o futuro aquilo que era obrigação do passado. Estes dois exemplos demonstram, claramente, que não há açodamento e que as conclusões iniciais não se construíram em horas, mas, sim, em anos de acompanhamento de um processo que envolve bem mais do que o marketing oficial ou a vontade soberana de quem quer que seja.
É necessário, dentre outros temas, que o Estado brasileiro assuma quais os dados reais desta obra, tais como seu custo (se R$ 9,6 bilhões, como declarado no licenciamento, ou algo entre R$ 22 bilhões e R$ 30 bilhões como se anuncia agora), sua capacidade de produção de energia (já que a propaganda oficial insiste em divulgar 11 mil megawatts, deixando de anunciar que tal produção ocorrerá em apenas poucos meses de alguns anos e que estima-se uma produção efetiva de energia não superior a 4 mil megawatts), que condicionam a viabilidade econômico-financeira da obra e os impactos de tais decisões sobre o modelo de desenvolvimento sustentável que se pretende implantar.
É necessário que a sociedade brasileira efetivamente veja suas instituições públicas funcionando, com o MPF exercendo sua função de fiscal da atividade estatal, com o Ibama velando por um licenciamento adequado e com a AGU atuando na defesa do Estado brasileiro, todos de forma responsável, sem incidir no risco da prematura condenação quanto às críticas aos atos administrativos.
A crítica e o debate franco não deveriam, ainda hoje, causar tanto desconforto em quem ocupa funções públicas e deve estar aberto a ouvir a sociedade e a cumprir a obrigação da transparência e do respeito à ordem jurídica à coisa pública.
Ao MPF a crítica é bem-vinda, será sempre considerada, mas não resultará no abandono de suas obrigações e no cumprimento de seu papel, com lealdade e sem arrogância."
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/com-ocupacoes-e-protestos-movimentos-sociais-aumentam-pressao-contra-belo-monte
O PLACAR CONTINUA APERTADO
Os servidores de Brasília calaram-se ao ganharem DAS's
=> combinado 21 x 19 indigenismo
Kaingang's resistem acampados na frente do MJ
=> combinado 21 x 20 indigenismo
O recrudescimento do movimento revolucionário indígena é inevitável, com o passar do primeiro momento dos benesses, os índios caem na real e constatam que os dirigentes da FUNAI, nada mais fizeram do que adotar a velha e conhecida pratica de dividir o movimento e ofertar aos menos nobres algumas migalhas em detrimento da soberania e sobrevivência da comunidade como o todo.
Chegou a hora dessa gente mostra a sua cara, sim, os índios só estão perdendo, basta, as comunidades indígenas têm profissionais que podem e devem conduzir os seus destinos, sem que ONGS com interesses inconfessáveis, venham querer determinar e conduzir as vidas e destinos dos índios.
Não vamos deixar que estes parasitas Ongueiros, tomem conta da FUNAI, basta, vamos fazer um levantamento das atividades das ONGS que estão em áreas indígenas e, encaminhar para os Deputados da oposição e Ministério Público Federal , fatos como passagens e diárias que estariam sendo pagas a essas organizações, o que de efetivo elas fazem nas áreas indígenas, o quanto recebem para executar o que é dever da FUNAI e etc......
A carta dos Kayapó destinada ao ISA, trouxe o grande benefício de reascender a discussão sobre o maléfico projeto da Usina de Belo Monte, que já vinha sendo esquecida!!!
Índios tomam da Funai veículo que era utilizado para transporte de alimentos
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=970956&tit=ndios-tomam-da-Funai-veiculo-que-era-utilizado-para-transporte-de-alimentos
Hidrelétricas e empreendimentos na produção de energia elétrica:
Alternativas com matrizes energéticas menos impactantes e mais econômicas não faltam!!! Um exemplo é o projeto do Pecem de energia das ondas marítimas (http://www.planeta.coppe.ufrj.br/artigo.php?artigo=833), , entre dezenas de outros.
Mas se reduzir os custos da produção de energia, como ficam os grandes grupos empresariais: Camargo Correa, Votorantin, Odebrecht, entre tantos outros?? Além disso, os grandes barões das propinas deixariam de ganhar seu sagrado dinheiro?
Infelizmente o que interessa para a maioria dos governantes é gastar o dinheiro público de forma que embolsem a sua gorda parcela !!!!!
No caso Funai: quem aprova, esdruxulamente, os estudos sobre impactos? Quem cobra milhões para prejudicar os índios? CTI e ISA, família Azanha, graças a poderosa Maria Auxiliadora e suas escudeiras (os) dentro da Funai : D. Marcela Menezes, D. Júlia Paiva, empresário da CTI Jaime Siqueira, entre outros). Por coincidência, os mesmos envolvidos na aprovação de Belo Monte.
Só Deus mesmo !!!!
Até dezembro, serão os piores momentos para os Povos Indígenas e os melhores para as contas bancárias dos neoliberais !!!!!
ISA = VERDADEIRO LOBO DISFARÇADO EM PELE DE CORDEIRO!!!!!!
Se verificarmos, vamos constatar que essas ONGS recebem muito e, o que os índios ganham?
Os índios não precisão das ONGS para ter os recursos que lhe são devidos por direito, vamos dar um basta nesses sanguesugas das comunidades indígenas.
Índios, não se deixem enganar com risos e afagos.
Que descaramento essa carta do ISA.
Os técnicos do ISA ocupam cargos e contratos dentro da Funai para facilitar os empreendimentos. Belo Monte também.
Será que o coordenador do ISA “não sabe” ?
Sr. André, quer uma relação nominal dos colegas e amigos do ISA que ganham $$$ prestando serviços dentro da Funai?
Enquanto a Direção da FUNAI, se encontra perdida no emaranhado administrativo provocado pela edição do fatídico decreto, as unidades extintas estão a deriva, pois seus dirigentes foram exonerados e os problemas, que ao contrário das unidades, não foram extintos, nem tampouco os índios, continuam sem respostas. Os funcionários destas unidades a toda hora se deparam com fornecedores querendo os seus pagamentos, com mandados judiciais que precisam ser cumpridos com a presença de servidores da FUNAI, com conflitos internos nas aldeias, com necessidade de entrega de sementes as populações e por ai vai.
Enfim, as unidades extintas encontram-se um caos. Unidades que até então eram exemplo de organização, estão sem poder exercer suas atividades, pois estão completamente a deriva, enquanto isso a resposta da Direção em Brasília, para os índios é que estas unidades estão funcionando da mesma forma.
É um total desrespeito com vidas e com a coisa pública.
é claro que estão, eles precisam é falar a verdade e demonstrar para os indios que a teoria e diferente da pratica, falamque estão funcionando mas não tem dirigentes apeans funcionarios que cumprem seu papel todos os dias.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/06/brasil,i=171763/MINC+CRITICA+PROCURADORES+POR+ACOES+CONTRA+LICENCAS+DO+IBAMA.shtml
NOME AOS BOIS:
Boa lembrança da música do conjunto Titãs que, inclusive, fez parte de muitas campanhas petistas (municipais, estaduais e federal).
Outro dia, havia o texto de uma pessoa que se manifestou sobre seu nome neste blog. Sentiu-se caluniada mesmo que ao digitar o nome dela no Google, por exemplo, aparece dezenas de ocorrência de denúncias, incluindo Procedimento Administrativo do MPF.
Fala sério alguém tem que dar nome aos bois, dizer umas verdades. O ego desse povo tá enorme! Estão sem limites !!!! Se acham os donos do poder !!!
Ou que sabem “....estão com vergonha de serem honestos”?
Acompanho esse blog desde que começou e nunca li uma calúnia contra alguém.
A verdadeira injustiça é a pessoa praticar atos imorais e querer se passar por bonzinho !!!!
Mega hidrelétricas na Amazônia iniciam nova onda de protestos indígenas
Notícia da Categoria: RegiõesÍndios Kayapó estão para realizar um protesto contra a construção de uma enorme hidrelétrica prevista para o rio Xingu, um dos principais afluentes do rio Amazonas no Brasil.
A semana de protestos terá início no dia 28 de outubro na comunidade Kayapó de Piaraçú. Esperasse que pelo menos 200 indígenas se reúnam. Representantes do Ministério de Minas e Energia e Ministério do Meio Ambiente foram convidados para conversar com os indígenas.
Os Kayapó e outros povos indígenas se opõem à hidrelétrica, dizendo que eles não foram adequadamente consultados sobre o projeto e não foram informados sobre os impactos reais que a hidrelétrica terá em suas terras.
A hidrelétrica desviará mais de 80% do fluxo do rio Xingu e terá um grande impacto nas populações de peixes e florestas ao longo de um trecho de 100 km ao longo do rio habitado por povos indígenas. A Survival protestou contra o projeto ao governo.
Os Kayapó estão furiosos com Edison Lobão, Ministro de Minas e Energia, que recentemente declarou que “forças demoníacas” estavam impedindo a construção de grandes hidrelétricas no Brasil. O líder Kayapó Megaron Txucarramãe disse, ‘Essa palavra é muito feia. Foi uma ofensa para nós e para quem defende a natureza.’
Belo Monte é um dos maiores projetos de infra-estrutura do Programa de Aceleração de Crescimento do governo. Em 1989, os Kayapó organizaram um protesto em massa contra uma série de hidrelétricas planejadas para o rio Xingu. Eles pressionaram com sucesso o Banco Mundial para cancelar o financiamento do projeto, que foi então arquivado.
Planos para construção de hidrelétricas em outros rios da Amazônia também são alvo de protestos indígenas. Há um ano atrás, a tribo Enawene Nawe do estado de Mato Grosso saquearam um local de construção de uma hidrelétrica na tentativa de parar a construção de dezenas de barragens planejadas para o rio Juruena. Os índios dizem que as barragens arruinarão a pesca de que dependem.
Na Amazônia ocidental, a hidrelétrica de Santo Antônio, parte de um complexo de hidrelétricas a serem construídas no rio Madeira, inundará as terras de pelo menos cinco grupos de indígenas isolados. Acreditasse que um grupo vive apenas a 14 km do local da construção da barragem principal.
Em uma carta ao Presidente Lula, os Kayapó explicam a sua posição, ‘Desde os primeiros ensaios sobre a Usina na década de 80, os indígenas nunca tiveram opinião antagônica com a questão mas que forçam o desejo de que o empreendimento não venha destruir os ecossistemas e biodiversidade que milenarmente cuidamos e ainda podemos preservar. Sr. presidente, nosso grito fica registrado para que os estudos sejam bem executados e procurem discutir com os povos indígenas deste grande berço ecológico dos nossos antepassados….. Queremos participado do processo sem que ao menos sejamos taxados de ruins demoníacos que emperram a evolução do país.’
Stephen Corry, diretor da Survival, disse hoje, “O verdadeiro impacto das hidrelétricas foi ocultado As vidas, terras e sustento de muitas tribos serão destruídos caso eles sigam em frente com os planos de construção. Nenhuma forma de compensação poderá repor estragos desta magnitude que destruirão as vidas e independência de pessoas.
Survival International
A funai com seus dirigentes esta se organizando para a vitoria mais uma vez,sobre as comunidades indigenas
Não se trata de mais uma vitoria, trata-se de uma tentativa de enganar as comunidades indígenas, mais, sabemos que o retorno acontece e vai acontecer, isto mais rapido do que se espera, os índios unidos jamais seram vencidos.
Atenção leitores do blog do mercio, leiam a FOLHA DE BOA VISTA presidente da funai cria problemas com declarações e deixa Senador Romero Jucá e o Governador de Roraima irritados, veja trecho das declarações. presidente Marcio Meira, e respondida pelo senador e governador, são declarações preconceituosas e que deixa o estado em clima de instabilidade além das manifestações que os indios insastisfeitos teem feito não são em frente ao palacio do governo de Roraima e sim em frente da sede da funai em Brasilia , pelo andar da carruagem as autoridades ligadas ao Presidente Lula estão acordando para uma realidade existente de incompetencia da atual diretoria da funai que quer dar uma de bonzinho e afastar as atenções negativas do orgão em sua gestão agora para o estado de Roraima . Cuidado com ele Senador Romero Jucá e o Governador este homem é o verdadeiro ante-cristo citado na biblia.
É pena amigos, que tratem a vida dos como um ganhador de Oscar - Uma simples vitória. Não se trata de vitória ou derrota. Trata-se da vida dos índios e de servidores. Ambos seres humanos. Nuca esqueçam disso. Estão tratando o Decreto como vencedor ou perdedor. No final todos nós perderemos. Inclusive o Governo com o descrédito do pvo nesses políticos. A URNA continuará a nossa disposição e dependende de nós mostrar como se ganha. Se o problema apenas for esse. Porém quando se trata de seres humanos e ainda mais dos discriminados e menos farvorecidos. Devemos olhar e tratar com mais respeito. Vamos lutar ao invés de ficar fazendo jogos de palavras. Vamor fortalecer os índios juntando-se a eles nessa luta por sobrevivência digna. Vamoslá, gente. Façamos como fizemos com Collor naquela época foi de cara pintada e hoje de cara lavada. Mostrando realmente nossa indignação.
Caro amigo mercio, seria possivel voce colocar em seu blog a manchete do Jornal a Folha de Boa Vista de hoje 07/02, onde o senador Romero Jucá e o Governador de Roraima da as declarações sobre a atuação do preidente da funai, afim de que todos tomem conhecimento na integra, eu acho que o bicho agora pega e amanhã todo o Brasil vai tomar conhecimento destas inforormações
Presidente da Funai foi preconceituoso com Roraima, critica o senador Jucá
Para o senador, a atuação da Funai gera clima de “instabilidade” em Roraima
ÉLISSAN PAULA RODRIGUES
“Foi um momento de infelicidade. Temos que sentar e resolver problemas que ainda existem. Mas autoridades públicas têm que ter equilíbrio para conduzir o processo em paz, não é brigando que vai se resolver”. A afirmação é do senador Romero Jucá (PMDB), que refutou a declaração do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, à mídia nacional, de que o governo de Roraima seria anti-indígena. Meira estaria reagindo às afirmações do Estado, com relação ao possível apoio da fundação à invasão do projeto de assentamento Nova Amazônia por famílias indígenas.Jucá disse lamentar as declarações de Márcio Meira enquanto dirigente público e as classificou como “preconceituosas e descabidas”. “Preconceituosa com Roraima e descabida por vários motivos. Entre eles, o fato de o Estado ter direito de ter um entendimento diferente da Funai e procurar a Justiça para dirimir qualquer questão. Ele [Mário Meira], enquanto agente público, tem que entender que tem várias partes envolvidas na questão com posições divergentes”, comentou.
Na opinião do parlamentar, a declaração não ajuda a acalmar os ânimos na região e tumultua ainda mais o processo. “Ele deveria entender que o contraditório é legítimo, que isso se decida na Justiça. Na questão da Raposa Serra do Sol, por exemplo, a Justiça decidiu o que a Funai queria e ele aplaudiu. Agora, como tem uma ação que, de repente, está contra a posição, ele tenta invalidar e parte para a agressão. Vamos ter que aguardar que a Justiça defina a questão”, analisou. Jucá disse que outras questões que devem receber atenção e serem discutidas no âmbito político e jurídico dizem respeito à ampliação da Serra da Moça, a área urbana do município de Pacaraima, e a criação do Parque Nacional do Lavrado. “Tudo isso tem que ser resolvido, não com a ampliação de áreas indígenas. Não vamos mais concordar com isso, esse momento acabou em Roraima. O momento não é de atacar e de criar animosidades”, frisou. O senador disse que Roraima se preocupa com a questão indígena e que uma prova disso seria a recente aprovação de um projeto que prevê o consumo gratuito de energia elétrica para comunidades indígenas. “Essa proposta é de minha autoria e deve beneficiar 200 aldeias indígenas apenas em Roraima. Os consumos de até 50 watts não serão cobrados, e, como as comunidades não possuem contador, será contabilizado como tarifa mínima e a conta será paga pela Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras)”, esclareceu.
continua..........
A atuação da Funai em Roraima, de acordo com Jucá, seria um dos motivos para a existência de um ‘clima de instabilidade’ no Estado. “Em outras situações, a falta de habilidade dessa atuação gerou uma instabilidade. Por exemplo, historicamente a Funai tem dívida com Roraima no reassentamento de proprietários que deixaram áreas demarcadas, e não estou falando apenas da Raposa Serra do Sol. O pagamento de indenizações justas também é outro problema. Então acho que o momento não e de ‘esticar a corda’, mas de acalmar os ânimos”, finalizou.
‘Funai abandona índios à própria sorte’, afirma nota do governo
O Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Comunicação, também enviou nota à Folha tratando do tema. Conforme o texto, “a via democrática de discussão de litígios é do Poder Judiciário. Portanto, é estranho, para o governo de Roraima, o posicionamento da Funai, que considera anti-indígenas as contestações judiciais de ampliação de reservas indígenas do Estado”., Ainda conforme a nota, Roraima é o estado brasileiro com maior número de terras em poder da Funai. São 46,21 por cento do seu território. “E a instituição indigenista não quer parar por aí. Acha a quantidade de terras insuficiente e quer mais. O Governo do Estado, e não a Funai, é que leva estradas, energia elétrica, educação, saúde, desenvolvimento às comunidades indígenas de Roraima. Portanto, anti-indigenista é quem tem a responsabilidade legal de cuidar dos índios e os abandona à própria sorte”, analisa. “Recorrer a um poder constituído para contestar o que considera injusto, como a ampliação da reserva indígena Serra da Moça, ocupando terras de um assentamento feito pelo próprio governo federal, faz parte da natureza democrática de exercício do Poder. Antidemocrático, anti-indigenista, é agir pela força, contrariando a lei”, diz o texto. Para concluir o pensamento, o governo diz que os protestos de índios por contrariedade aos seus interesses têm sido vistos em frente ao prédio da sede da Funai, em Brasília, e não em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, a sede do governo de Roraima.
Funai abandona os índios à própria sorte, acusa governo de Roraima
Da Redação
O Governo de Roraima voltou a criticar hoje o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, por ele ter dito que o governo era anti-indigenista.
Em nota à imprensa distribuída nesta sexta-feira (22), o secretário de Comunicação, Rui Figueiredo, diz que é o governo e não a Funai quem leva estradas, energia elétrica, educação, saúde e desenvolvimento às comunidades indígenas de Roraima. “Anti-indigenista é quem tem a responsabilidade legal de cuidar dos índios e os abandona à própria sorte”, acusou.
“A via democrática de discussão de litígios é do Poder Judiciário. Portanto, é estranho, para o governo de Roraima, o posicionamento da Funai, que considera anti-indígenas as contestações judiciais de ampliação de reservas indígenas do estado. Roraima é o estado brasileiro com maior número de terras em poder da Funai. São 46,21% do seu território”, acrescenta o texto
Os dirigentes da FUNAI, cujo funcionamento em favor dos índios é mais com o objetivo de estagná-los, isolá-los e deixa-los na condição de povo improdutivo, para o qual é destinado grandes áreas sem ocupação que lhes proporcionem melhores condições de vida. No nosso estado a atuação dessa fundação dirigida por nomeados indiretamente pelo aparato internacional indigenista é responsável por tudo de ruim que vivem os nativos, discriminação, miséria, constragimentos pela condições sociais que vivem, dependentes em suas "terras" de condições para não morrerem de fome e outros males da ajuda do governo do estado mais injustiçado e vitíma de um governo federal não patriota que cede a pressões internacionais relacionadas à causas de defesa indigenista falaciosa.
Para uma reflexão:
"Se não lutarmos contra o que está errado - mesmo que pareça acima de nossas forças - jamais encontraremos o caminho certo".
Faço um alerta, faço um pedido encarecidamente: estamos praticamente às vésperas de eleições importantes - para presidente da república/senadores/deputados - e todos eles TÊM interesse de ficar em Brasília - que eu chamo de CASA DOS POLÍTICOS... O povo brasileiro é hoje um povo politizado, formador de opinião, crítico e que certamente saberá separar o JÓIO DO TRIGO. O nosso voto é a nossa ARMA e poderemos mudar, transformar e colocar cada um deles - no seu devido lugar... Não deveremos apagar de nossa memória todos os acontecimentos importantes, os desmandos, a corrupção, o descompromisso, a deslealdade da maioria dos políticos que estão em Brasília - nós temos o dever, a obrigação, a responsabilidade de lutar e de ajudar na construção de um Brasil melhor. Mais justo. Mais transparente. Mais coerente. Mais humano... Não deixemos que o dinheiro de nossos impostos seja jogado irresponsavelmente nos bolsos, conta bancária, nas cuecas dos políticos que ainda continuam fazendo parte do cenário nacional! O nosso voto é o "ARCO, a FLEXA, o ALVO e o GOLPE perfeito"... E, vamos também, às vésperas das eleições - agradecer aos BONS parlamentares e agradecer também "ÀQUELES que NÃO NOS
ESCUTARAM, POR MARGINALIZAR TODOS QUE TOMARAM UMA ATITUDE CONTRA SUAS DECISÕES e sem ao menos saber que é dos excluídos o futuro da Terra... Agradecer ainda POR REVELAR AO MUNDO O GIGANTESCO ABISMO QUE EXISTE ENTRE A DECISÃO DOS GOVERNANTES, E OS DESEJOS DO POVO"... O Brasil têm grandes impasses, grandes problemas a serem resolvidos - eis agora a Questão Indígena, a questão das ONGs infiltradas nas terras indígenas, o projeto da construção da Usina Belo Monte - para dizimar, afastar e deixar à deriva e solitária - os povos indígenas... Povos carregados de cultura, de sabedoria, de conhecimento milenar com a terra em que vivem e que subtraem o seu próprio sustento... O PAC é um projeto e iniciativa - assassinos: beneficiam alguns em detrimento da desgraça de outros. É justo???
Quero agradecer novamente ao Blog do Mércio Gomes - que me permite a oportunidade de "abrir o meu próprio coração, e as pessoas certas para recebê-los"!
Linda ( no meu nome reduzido). Bom Dia e boa Semana para todos. Vamos lutar, vamos acreditar e vamos estender as nossas mãos para todos os ÍNDIOS BRASILEIROS!!!
Caboquinho recebeu 24.000 o ano passado de auxilio será pq ele fez tanto barulho?
Quem não participar agora vai ficar no esquecimento da história, não adianta depois tentar se agrupar, com certeza o dia D se aproxima, nossa Normadia é Brasilia.
Quero aqui fazer um comentário em relação a Caboclinho que recebeu da FUNAI - 24.000,00... Como pode um "índio" se vender por tão pouco? E a crise posta/imposta pela presidência da FUNAI com anuência da presidência da república - em desmantelar/enfraquecer a Instituição que representa todos os povos indígenas. Certamente que a posição, a postura questionável de um índio que se vende por tão poucas moedas - é lastimável! E quando acabarem os 24.000,00 ??? E se o "poço secar" ? Como pode um índio fazer este tipo de acordo, esquecendo das outras etnias, dos outros irmãos??? Todos os índios deveriam estar juntos e lutando pelo mesmo objetivo: o fortalecimento da FUNAI, a garantia de que serão respeitados, serão ouvidos, serão atendidos em suas reivindicações e para benefício de todos... Quando criança, aprendi na escola que índios, independente de sua etnia -eram todos irmãos e partilhavam tudo juntos - a pesca, a caça... era o exemplo de uma sociedade solidária... E eu os comparava "às formigas e abelhas" - em sua luta pela sobrevivência: - a marcha única: juntos. Sempre. E até hoje as abelhas e formigas continuam nos mostrando o valor da união e da solidariedade... Infelizmente os valores estão mudando - para pior... Tudo tem um preço e o dinheiro, muito ou pouco, alicia, corrompe e denigre a imagem e, uma "laranja podre compromete todas que estão no mesmo saco".
Como o Caboclinho poderá cobrar respeito da sociedade e do seu povo?
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